O ex-diretor da Secretaria de Habitação e Interesse Social (Sehab), Marcos Huck, teve o pedido de liberdade aceito pela Justiça. Marcos estava preso desde o desencadeamento da segunda fase da Operação Lares, no dia 26 de abril. O ex-gestor foi acusado de suposto envolvimento no esquema desarticulado pela ação policial.
O advogado de defesa de Marcos Huck informou À GAZETA que não pode dar declarações precisas sobre a decisão judicial, uma vez que o processo corre em segredo de Justiça. Ele tratou apenas de esclarecer que o instrumento jurídico aceito pelo juízo não foi um Habeas Corpus, e sim um pedido de liberdade.
Ou seja, o juiz revogou a prisão para que Marcos responda a acusação em liberdade. O motivo é que se trata de um réu primário, com bons antecedentes e que não oferece risco de fuga, não sustentando, assim, os fundamentos para a sua reclusão.
ENTENDA O CASO – A segunda fase da Operação Lares, deflagrada no dia 26, prendeu os diretores executivo e social da Sehab, Daniel Gomes e Marcos Huck. Além da ex-funcionária terceirizada Cícera Silva e a assistente social Rossandra Lima. Cinco veículos foram apreendidos. A operação investiga a venda de casas populares do programa ‘Minha Casa Minha Vida’.
O delegado responsável pelo caso, Roberth Alencar, afirmou que a empresária Rossandra Lima confessou ter envolvimento no esquema e ainda confirmou que investiu parte do dinheiro da fraude para abrir a loja.
O esquema de venda ilegal de casas populares movimentou cerca de R$ 1 milhão no Estado. Desde o começo da investigação, mais de 100 pes-soas foram ouvidas. Foi identificada a venda de 40 unidades habitacionais. As casas eram vendidas por R$ 5 mil a R$ 30 mil. O delegado afirma que as investigações continuam, pois há indícios da participação de mais pessoas.
Os gestores foram exonerados dos seus respectivos cargos e as unidades habitacionais em questão foram devolvidas.
