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Federal cumpre 4 mandados e acaba com ‘braço’ de quadrilha no Acre

* Cerca de 15 milhões foi roubado; médicos sem CRM atuavam no interior do AM

No Acre, 4 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. ( FOTO: iRYÁ RODRIGUES / G1)

BRUNA MELLO

A Operação “Cartas Chilenas” deflagrada pela Polícia Federal (PF), nesta segunda-feira, 9, cumpriu mandados de busca, apreensão e prisão no Amazonas (AM) e Acre (AC). A ação visa desarticular uma quadrilha suspeita de desviar cerca de R$ 15 milhões em recursos públicos da Saúde e Educação no município de Pauini, no interior do AM.

No Acre, quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos, dois em Rio Branco, e os outros dois nos municípios de Brasileia e Epitaciolândia. Segundo o delegado Daniel Color, responsável pelas investigações, ao todo, foram expedidos três mandados de prisão preventiva, 17 conduções coercitivas e 24 mandados de busca e apreensão.

A prefeita da cidade do interior do Amazonas foi presa. Ela é acusada de liderar a organização criminosa, com auxílio de secretários de governo e servidores. Recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), do Sistema único de Saúde (SUS) e do DSEI (Distrito Sanitário Especial Indígena) foram desviados.

“Esses agentes são investigados por falsificação de documentos, crime organizado, crimes específicos do decreto-lei que trata da responsabilidade dos prefeitos, além da ocultação de patrimônios e valores”, afirmou o delegado.

A investigação identificou fraudes em 64 licitações. Destas, 44 foram comprovadamente fraudadas. O valor desviado pode ultrapassar R$ 15 milhões. Para fraudar os processos, o grupo usava nomes de pessoas e empresas escolhidos aleatoriamente.  Depois, os documentos eram preenchidos com nome aleatórios e a licitação era publicada simulando falsos pagamentos.

Ainda de acordo com a Polícia Federal, quase todos os médicos que atendem no município de Pauini não possuem registro no Conselho Regional de Medicina (CRM). Os profissionais irregulares, contratados pela prefeitura, chegam a receber R$ 20 mil, e devem ter as atividades suspensas. “Alguns ainda são estudantes, e boa parte seriam médicos formados na Bolívia sem validação do diploma”, completou Color.

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