
A Polícia Civil realizou quinta-feira, 12, os desdobramentos da 3ª fase da “Operação Lares”. Ao todo, são cumpridas 74 ordens judiciais, sendo 37 mandados de condução coercitiva e outras 37 medidas cautelares de afastamento dos imóveis.
Nesta fase, a ação policial do Estado visa ouvir depoimentos e notificar a desocupação das casas, por parte daqueles que não deveriam estar ocupando unidades habitacionais que são destinadas às pessoas moradoras de áreas de risco da região da Baixada da Habitasa e Cadeia Velha, com perfis de baixa renda.
A ação ocorre simultaneamente nos residenciais Rui Lino III, onde há maior concentração dos imóveis adquiridos de maneira fraudulenta, e Cabreúva. Há indícios robustos de que houve 40 contemplações irregulares, sendo que apenas três destes ainda não tomaram posse real das casas. (Agência Acre)
Estado dá prazo de 48 horas para desocupação de casas alvo da ‘Operação Lares’
Durante coletiva de imprensa realizada na manhã desta quinta-feira, 12, a Polícia Civil e o Ministério Público do Acre (MP/AC) deram os detalhes da 3ª fase da Operação Lares.
Segundo a polícia, todos os proprietários irregulares das casas, localizados e intimados, foram notificados sobre o prazo de 48 horas para desocupação dos imóveis, e caso haja descumprimento, as prisões preventivas podem ser decretadas pela Justiça.
Dos 37 mandados de condução coercitiva, 31 foram cumpridos, e as partes dirigidas à sede da polícia para prestarem depoimentos. Quanto às outras seis não localizadas, os agentes darão continuidade às buscas.
Os contratos fraudulentos serão cancelados, e as unidades habitacionais, devolvidas à Caixa Econômica Federal. O Governo do Estado realizará novo sorteio para contemplar aqueles que realmente necessitam.
“É uma diretriz do Governo do Estado em que sejamos intransigentes e implacáveis sobretudo no aspecto investigativo, para identificar e coibir qualquer tipo de ilícito cometido. Quantas fases forem necessárias dessa operação serão feitas, independentemente de quem esteja envolvido”, observou o secretário de Estado de Segurança Pública, Emylson Farias.
Apoio do Ministério Público
O inquérito policial aponta indícios robustos de 40 contemplações irregulares, sendo que apenas três destas não chegaram a tomar posse real das casas. Até o momento, todas as etapas da Operação Lares estão sendo acompanhadas pelo MP/AC.
“A Polícia Civil nos fez um pedido de cooperação, no sentido de identificar algumas situações de distorções do perfil socioeconômico por meio do cruzamento de dados. Realizamos visitas nos conjuntos e realizamos o cruzamento de informações, identificando até mesmo pessoas do mesmo núcleo familiar que nos levaram até os investigados”, pontuou o promotor Bernardo Fiterman.
Segundo o secretário de Estado de Polícia Civil, os desdobramentos das investigações são de interesse do próprio governo. “A Polícia Civil vai continuar investigando de forma isenta, de forma firme, sobretudo dentro dos parâmetros legais, garantindo o benefício a quem de direito e a quem realmente precisa dessas casas”, finalizou o delegado Carlos Flávio Portela. (Andrey Santana e Sandro de Brito / Agência Acre)