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“Nossa pré-candidatura a prefeitura de Rio Branco continua firme e forte”, destaca Sinhasique

Rio Branco conta com pelo menos oito pré-candidatos à prefeitura a seis meses das eleições. As candidaturas vão ser oficializadas somente durante as convenções previstas para ocorrer em julho. Porém, os partidos já começam as articulações para escolha dos nomes e as possíveis coligações para disputa.

Entre os nomes já anunciados estão do atual prefeito Marcus Alexandre (PT), a deputada estadual Eliane Sinhasique (PMDB), vereador Raimundo Vaz (PR), Tião Bocalom (DEM), Valdir França (Psol), Vanda Milani (PP), Francineudo Costa (PSDB) e Valdete de Souza (PMN).

O jornal A GAZETA inicia neste final de semana uma série de entrevistas com os pré-candidatos a prefeitura da Capital. A primeira entrevista foi com a deputada estadual Eliane Sinhasique. Ela fala um pouco sobre a construção do plano de governo e a importância da participação da população. Ela falou ainda sobre os principais gargalos do município e como trabalhar para buscar uma solução. Confira:

A GAZETA – Ano passado a senhora foi convidada pelo PMDB para ser pré-candidata à Prefeitura de Rio Branco.  A pré-candidatura continua de pé? O que levou você a aceitar esse convite?
Eliane Sinhasique – Nossa pré-candidatura a prefeitura de Rio Branco continua firme e forte. Os dados da pesquisa no ano passado já eram muito animadores e a cada dia me animo mais com o apoio espontâneo das pessoas por onde quer que eu passe. Na verdade, nossa pré-candidatura passou a ser um apelo da população. As pesquisas e as ruas indicam que as pessoas querem o meu nome para Prefeita de Rio Branco. As últimas eleições mostram que o PT não está tão confortável no poder. Eles vêm ganhando por muito pouco. A população deseja sim que haja uma mudança! Aceitei o convite do meu partido, por perceber que as funções de vereadora e deputada me limitam um pouco! Posso cobrar, porém não posso executar. Gostaria de fazer mais pela nossa população!

A GAZETA – Como tem sido o contato com a população desde a confirmação de sua pré-candidatura?
E. S. – Sempre estive em contato com a população. Desde que era radialista e jornalista e depois que entrei para a política como vereadora, faço meu Gabinete na Rua mensalmente. Como deputada e agora como pré-candidata à prefeitura de Rio Branco, nosso contato foi intensificado, mas, continua com a mesma característica de olhar no olho, ficar cara a cara com o povo no Terminal Urbano, nos bairros, nas repartições públicas ou privadas. Além disso, usamos muito as redes sociais como canal de comunicação entre a população e eu. Isso nos aproxima ainda mais das pessoas.

A GAZETA – Como têm ocorrido os debates acerca do seu plano de governo? Já existe um projeto pronto?
E. S. – Um Plano de Governo não se faz sem ouvir cuidadosamente a comunidade, os segmentos, os técnicos e os aliados políticos. Estamos trabalhando num plano que seja exequível, sem promessas mirabolantes, mas, que atenda aos reais anseios da população. Além de ouvir e conhecer profundamente a atual situação administrativa e financeira do município penso que um plano não pode ser escrito em uma pedra. Ele deve ser revisado e ajustado até o último dia de campanha, inserindo propostas que busquem a melhoria da nossa cidade sempre com o foco claro de fazer mais, com menos e melhor. Sem mentiras. O povo não aguenta mais ser enganado. Para contribuir a população também pode mandar suas sugestões para nosso e-mail: planoeliane2016@gmail.com

A GAZETA – Hoje, o que a senhora considera como principal gargalo em Rio Branco?
E. S. – Fizemos um levantamento minucioso em todas as Regionais de Rio Branco. O maior gargalo é falta de gestão. Um gestor precisa cuidar para que as coisas sejam bem feitas, precisa cuidar da cidade da periferia para o Centro. É nos bairros distantes do Centro que as pessoas moram em grande quantidade e que mais precisam das ações do poder público. É inadmissível que ruas construídas com padrões mínimos de qualidade, fiquem destruídas em tão pouco tempo, inadmissível que a construção de uma creche demore tanto tempo, inadmissível o atendimento básico de saúde não funcionar. Existem vários gargalos e isso só será solucionado com uma gestão dinâmica e totalmente envolvida na solução dos problemas.

A GAZETA – Recentemente o prefeito Marcus Alexandre baixou uma portaria proibindo a distribuição de medicamentos a pacientes de outros municípios. Em sua opinião, a medida foi correta?
E. S. – Do ponto de vista financeiro, da falta de recursos, a medida está correta. Todo município tem sua cota financeira para aquisição de medicamentos. Mas, essa medida, ao mesmo tempo, fere a Constituição de 1988. A universalidade é um dos princípios fundamentais do Sistema Único de Saúde (SUS) e determina que todos os cidadãos brasileiros, sem qualquer tipo de discriminação, têm direito ao acesso às ações e serviços de saúde. A saúde é um direito de todos e um dever do Estado.

A GAZETA – Mobilidade urbana é um dos pontos mais importantes. Estando a frente da Prefeitura de Rio Branco, como à senhora pretende trabalhar essa questão?
E. S. – Mobilidade urbana é um problema de todas as grandes e médias cidades. Rio Branco é uma cidade  de porte médio que não teve planejamento urbano e nem planejamento de transporte. São coisas diferentes e necessárias. A falta de ruas interligando um bairro ao outro, a distribuição dos órgãos públicos, e até seus horários de funcionamento, por exemplo, afetam e impactam o trânsito e isso aumenta o número de viagens e o número de veículos nas ruas. Estamos discutindo várias alternativas para melhorar o trânsito de Rio Branco, tanto para quem usa ônibus e carros quanto para quem é pedestre, ciclista ou cadeirante.

A GAZETA – O fato de concorrer com o atual prefeito a preocupa? A senhora considera desvantagem?
E. S. – Sou movida a desafios e não vejo o atual prefeito como um adversário imbatível. É claro que ele tem a máquina da prefeitura e do Governo do Estado a seu favor mas, o povo está cansado de promessas requentadas e impossíveis de serem concretizadas. Ele e as administrações petistas que passaram pela prefeitura já tiveram tempo mais que suficiente para mostrar suas competências e, depois de quase 12 anos, o povo já viu que eles não conseguem fazer gestões eficientes, eficazes e efetivas.

A GAZETA – Qual análise que a senhora faz desse atual momento político na Capital? A população quer mudança?
E. S. – A população quer mudança sim. Mas, não é só mudança de gestores. Ela quer mudança na forma de administrar, quer rapidez, eficiência e dinamismo nas ações da prefeitura, quer que os serviços públicos sejam desburocratizados. Quer transparência e não está satisfeita com as caixas pretas existentes nos setores públicos. Isso fica evidente a todo momento que a gente ouve a população. Existe a necessidade da alternância de poder. Um partido ou um grupo político que quer se perpetuar no poder é desastroso. A própria equipe fica cansada, desgastada, desmotivada, acomodada e nem obedece mais ao comando do prefeito. Dessa forma, não conseguem imprimir um ritmo de trabalho eficiente.

A GAZETA – Qual a melhor forma de representar a população de Rio Branco?
E. S. – A melhor forma de representar nossa população é garantindo a correta aplicação dos recursos, gerenciando com competência e combatendo a corrupção. É preciso fazer mais, com menor custo e melhor qualidade. Isso vai se refletir em melhores serviços e benefícios para a população. Rio Branco, como qualquer cidade, precisa de gestores responsáveis e compromissados com a coisa pública. Numa gestão eficiente, por exemplo, os fornecedores são tratados como parceiros e os preços pagos, pela prefeitura, tem que ser os preços praticados no mercado.

A GAZETA – Existe a possibilidade do PMDB não lançar candidatura própria?
E. S. – Hoje, o PMDB tem uma candidatura definida e competitiva. Uma candidatura apoiada por todos do partido. O PMDB compreende a necessidade de recolocação plena do 15 nas ruas. O PMDB foi à última força política a vencer a Frente Popular, com Flaviano Melo em 2000. Hoje existe uma unidade e consenso de nossa candidatura além de um apelo popular clamando por mudança e apoiando nosso nome.

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