O vice-presidente do Senado Federal, senador Jorge Viana (PT-AC), em discurso no plenário da Casa Legislativa, ponderou que a presidente Dilma Rousseff (PT) assuma a frente política do movimento pela antecipação da eleição presidencial.
“O ideal é que a presidente propusesse isso, a antecipação da eleição presidencial, e que houvesse um entendimento com o Congresso. O impeachment não é a solução para a crise. Nova eleição é a solução para pacificar o país”, disse ele, ao frisar que talvez este talvez seja o último ato de Dilma como presidente.
“A comissão especial do Senado é um faz-de-conta, no qual o afastamento deve ser aprovado, levando-se em conta os votos antecipados à imprensa”, comentou.
O raciocínio dos defensores da proposta é o de que Temer não conseguirá ter legitimidade para o governo e que, diante disso, haverá uma pressão popular em alguns meses para a nova eleição.
Jorge pontuou ainda a necessidade de uma mudança na atual situação política para se aprovar uma PEC neste sentido. “Nem mesmo os movimentos sociais apoiam essa iniciativa. Parte dos movimentos, como MST, é contra. A proposta também é criticada por políticos do próprio PT”.
Quanto às afirmações da oposição de que Dilma faz pauta-bomba, o senador ressaltou que o próximo governo é que é a pauta-bomba. “Dilma não faz pauta-bomba, faz pauta que beneficia o país. A pauta-bomba está por vir. Um governo ilegítimo de Temer, com Eduardo Cunha”.