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Enxugando gelo

A incineração de 300 quilos de entorpecentes, entre cocaína e maconha, feita ontem pela Polícia Civil dá uma dimensão do grave problema que o tráfico e consumo de drogas vem assumindo no Estado, sobretudo, na Capital.

Qualquer levantamento que se faça sobre os índices de criminalidade não só aqui no Estado, mas no país inteiro, vai-se chegar à conclusão que a maioria dos delitos está relacionada às drogas. Na realidade, há uma retroalimentação entre ambos.

No caso aqui do Acre, o problema é mais grave devido à proximidade geográfica com os países tidos como maiores produtores e exportadores. Com a fronteira com esses países praticamente desguarnecida, o narcotráfico sente-se à vontade para atuar, fazendo do Estado uma espécie de entreposto por onde a droga passa para chegar às grandes metrópoles.

Contudo, uma parte acaba sendo consumida e comercializada também no Estado, estimulando a criminalidade. Não é por acaso que aqui também já surgiram, nos últimos anos, alguns grupos ou organizações criminosas.

Mesmo que as várias polícias façam a sua parte, combater a criminalidade sem o fechamento das fronteiras é um trabalho feito pela metade. Ou como a própria polícia reconhece é “enxugar gelo”.

A Gazeta do Acre: