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O próximo

Com a demissão ou o pedido de demissão de mais um ministro, o da Transparência, a pergunta mais insistente que analistas políticos mais isentos e a própria sociedade faziam ontem é a de quem será o próximo.

Ou seja, em menos de 20 dias no cargo, o presidente em exercício Michel Temer já teve que demitir ou induzir a demissão de dois dos seus ministros: o primeiro Romero Jucá, do Planejamento, tido como um dos “homens fortes” do seu Governo e Fabiano Silveira, por ironia, o ministro da Transparência e Fiscalização. Os dois flagrados em gravações do ex-senador Sérgio Machado, que visavam dificultar a decantada Operação Lava Jato.

A verdade é que até agora a sociedade não viu nada ainda que apontasse soluções para resolver a grave crise econômica e política. Ao contrário, os indicadores continuam os mesmos ou até piores e nem mesmo o mercado reagiu: o dólar continua no mesmo patamar e a bolsa de valores fechando quase todos os dias em queda.
Depois desses escândalos quase diários de vazamentos de gravações, a conclusão que se chega é a de que o processo do impeachment não trouxe benefício algum. Nem mesmo para seus articuladores ou conspiradores.

 

A Gazeta do Acre: