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Sonhar

Sonhos. Desde pequena eu sonho alto. Sou do tipo de pessoa que acredita que eles se realizam. O problema é que eu nasci em um lugar em que sonhos são sinônimos de olhares tortos e sorrisos debochados. “Nossa, você sonha bem alto, né? Boa sorte!”

Mas sonhar não é o bastante! Talvez seja por isso que há tantas pessoas que debocham de sonhos alheios. Você tem que se mexer, correr atrás, planejar, errar, aprender com os erros. De outra forma, como é que você vai alcançar seus objetivos?

Já realizei alguns sonhos, mas muitos deles se devem ao fato de que tive muita sorte de ter pais que sempre me apoiaram e me ajudaram. Isso me fez pensar um pouco. Que mérito tenho eu de ter realizado esses sonhos se tive esse privilégio? Há tantas pessoas com sonhos parecidos que não puderam realiza-los por não ter a mesma sorte que eu.

Com ajuda, lembrei que desde pequena eu corria atrás dos meus pais mostrando todas as universidades onde eu poderia estudar o curso dos meus sonhos e as vezes em que conversei sério com eles sobre as possibilidades de morar em São Paulo. Ou quando eu quase desisti de tudo por problemas de ansiedade e saudade e meu irmão me ligou dizendo: “Seja forte, Isabela. De todos nós tu foi a única que teve coragem de sair daqui”.

A atitude tem que partir de nós mesmos. Não pense que vai ser fácil, que não tem sacrifícios pelo caminho. É preciso sair da inércia, começar por metas pequenas e nunca desistir.

Às vezes, parece impossível, por isso encontrar pessoas que te inspirem pode ajudar muito quando as coisas ficarem difíceis e você perder a motivação. Como diz a Bel Pesce, uma empreendedora que me inspira bastante: “Se você olha para alguma coisa cuja probabilidade é baixa e não faz por causa disso, você leva a chance para zero”.

Você tem que correr atrás dos seus sonhos, pois ninguém fará isso por você. As oportunidades surgem quando vamos à procura delas, então sai dessa inércia!

*Isabela Gadelha, estudante de Jornalismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

A Gazeta do Acre: