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Comissão de Sindicância investiga nova morte de recém-nascido na Maternidade Bárbara Heliodora

O presidente da Comissão de Sindicância para investigar as causas de óbitos e sequelas em recém-nascidos na Maternidade Bárbara Heliodora em Rio Branco, deputado Heitor Junior (PDT), comentou sobre a morte do bebê ocorrida no último final de semana.

Ele pontuou que foram realizadas visitas a unidade de saúde e que após conversar com a direção do hospital, bem como os profissionais de saúde, constatou-se que o óbito do recém-nascido ocorreu devido má-formação.

“A prerrogativa de um deputado é muito limitada. O que é possível fazer está se fazendo. Após tomar ciência da morte de mais um recém nascido me direcionei a maternidade. O que apuramos foi que o óbito teve como principal motivo uma questão de má formação. O nome correto seria Cardiomegalia, ou seja, um crescimento exagerado do coração”, explicou o parlamentar ao lembrar a demanda crescente na unidade de saúde. “Claro que não vamos esquecer que a maternidade precisa melhorar em alguns pontos, haja vista que naquele local se apresenta uma demanda crescente”, disse.

Para o deputado é preciso efetuar a contratação de novos profissionais. “A falta de médicos, enfermeiros e equipamentos prejudica o trabalho do quadro de profissionais que sofre uma defasagem chega a 30 profissionais”, frisou o deputado ao lembrar a demanda vinda do interior do Estado.

“A maternidade, hoje, encontra-se sufocada por não ter unidades em outros municípios. Encontramos mães que deram à luz de diversos municípios do interior do Acre, como Jordão e Santa Rosa. Isso faz com que aquele hospital atenda mais pacientes do que é estruturado para atender. Sem falar que muitas das grávidas chegam aqui para ganhar bebê sem ter feito sequer pré-natal”.

Heitor salientou que a Maternidade Bárbara Heliodora não mata. “Muitas mulheres estão se direcionando para Porto Velho porque estão com medo de ir à maternidade porque estão dizendo por aí que naquele local se mata crianças. Isso não é verdade. Repito, tudo isso se resolve com a contratação de novos profissionais”.

Por fim, o parlamentar ressalta a importância de não se fazer pré-julgamentos. “Não podemos responsabilizar deputados pelo que acontece na maternidade, nem prejudicar profissionais que estão na unidade para salvar vidas. Não podemos pré julgar as pessoas, isso é leviano. Temos que esperar os resultados das investigações e não sair por aí gerando medo na sociedade. A comissão de saúde vai atuar fortemente para fazer a unidade funcionar de forma adequada, de acordo com os protocolos do Ministério da Saúde”, finaliza.

 

 

 

 

A Gazeta do Acre: