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Marina Silva nega ‘caixa dois’ em campanha para Presidência da República

 Em conversa com a impressa durante uma agenda política no Espírito Santo, a ex-senadora Marina Silva (Rede), que foi candidata a presidente da República em 2010 e em 2014, negou que tenha recebido recursos da construtora OAS por meio de “caixa dois” na primeira campanha presidencial dela.

O nome de Marina foi citado pelo o ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, em negociação de delação premiada. Ele afirma que representantes da ex-senadora teriam lhe pedido contribuição para o caixa dois da campanha presidencial em 2010 porque ela não queria aparecer associada a empreiteiras.

Pinheiro cita os nomes de Guilherme Leal, sócio da Natura e Alfredo Sirkis, um dos coordenadores da campanha do PV.

Marina frisou que o diretório estadual do Partido Verde (PV) no Rio de Janeiro, partido pelo qual ela foi candidata a presidente em 2010, recebeu recursos da OAS declarados à Justiça Eleitoral, segundo os dirigentes da sigla.

“Não tenho R$ 1 sequer de dinheiro ilegal na minha campanha e nem finalidade ilegal. Não me reuni com o senhor Léo Pinheiro. O PV teve uma doação. Segundo os dirigentes do partido, todo o processo está declarado”, justificou.

Ela salientou que confia nas investigações e que não irá desqualificar a Operação Lava Jato por conta de ter tido seu nome citado. “Eu confio no trabalho da Lava Jato. Não contem comigo para participar do coro de desqualificar o trabalho do Ministério Público, da Polícia Federal e do juiz Sérgio Moro”, disse.

Alfredo Sirkis também negou ter havido caixa 2 para a candidata na disputa daquele ano. Ele confirmou ter se reunido com o então presidente da OAS, Adelmário Pinheiro, o Léo Pinheiro, e o candidato a vice-presidente de Marina, Guilherme Leal, mas, segundo ele, foi para pedir uma colaboração para a campanha e não a formação de um caixa dois.

Em nota, Leal afirmou confirmou a realização da reunião, porém, afirmou que o que ocorreu foi “a sinalização do interesse da OAS em apoiar financeiramente a campanha”.

“Disse-lhe expressamente que eventual contribuição seria bem-vinda, sem qualquer contrapartida ou compromisso, nos estritos termos da lei, isto é, com o devido registro no Tribunal Superior Eleitoral”, afirma a nota. Leal nega ter solicitado doações ilegais. “Repudio com veemência este tipo de ataque a minha honra”, diz trecho da nota.

 

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