O deputado federal Raimundo Angelim (PT/AC) ocupou a tribuna da Câmara para criticar o esvaziamento da Casa nas duas últimas semanas, por causa dos festejos juninos, o que tem inviabilizado, no período, a realização de sessões deliberativas .
“Não se pode admitir que, quando o país passa por uma crise política, econômica, ética e institucional, nós passemos praticamente duas semanas sem votar um projeto, sem ter normalidade na Câmara”, disse.
Angelim aproveitou para manifestar o seu repúdio pelo que ele considera mais grave: a atitude da Mesa em liberar a frequência dos parlamentares.
“Repudio porque somos remunerados pelo erário público para sermos produtivos. Poderíamos ter trabalhado, nesta Casa, a bem dos interesses do país. Nós estamos aqui, mas onde estão os outros?”, questionou.
Para o parlamentar do PT do Acre, que tem sido desde o começo da legislatura, um dos mais assíduos e participantes em plenário, essa situação é inaceitável e um desrespeito à sociedade
“São praticamente duas semanas improdutivas e em todas as pesquisas de opinião o mais baixo índice de aprovação e de credibilidade é o da classe política, em particular, justamente o da Câmara dos Deputados”, acrescentou.
O deputado conclamou ainda os pares à utilização consciente dos recursos públicos, em especial os da Câmara e ponderou que ao invés das ausências que inviabilizaram a votação de projetos importantes, os parlamentares deveriam estar na Casa cumprindo seu expediente como qualquer trabalhador.
“É inaceitável que em meio a essa crise, fiquemos gastando sem necessidade os recursos públicos – porque a cada vez que vamos à base, gastamos recursos desta Casa . Nós precisamos de trabalho, de mostrar para a população que estamos aqui para promover as mudanças, as transformações que a sociedade precisa na aprovação de leis, na fiscalização rigorosa da aplicação do dinheiro público. É isso que população espera de nós.”, concluiu.