Correta, sob todos os aspetos, essa medida anunciada ontem pelo governador Tião Viana de reduzir em 20% os salários dos cargos comissionados e do seu próprio vencimento e da vice-governadora.
Como ele explicou, a medida se faz necessária para honrar o pagamento da folha do funcionalismo até o final do ano, como o Estado vem fazendo e para contornar os constantes cortes nos repasses do FPE. Só neste mês de junho o corte chegou a R$ 24 milhões.
Além disso, segundo o governador, com essa redução o Governo preserva os recursos que ainda dispõe para investimentos nos diversos projetos que vem desenvolvendo para financiar e incentivar a produção, gerando emprego e renda na iniciativa privada.
Ao contrário do que muitos ingênuos ou políticos mal intencionados esperavam, a crise econômica e política continua tão ou mais aguda do que antes e, a julgar pelas medidas que sendo tomadas pelo Governo interino, pode até se agravar.
O que se tem a fazer, pois, é tomar medidas como esta anunciada ontem de contenção de despesas. Uma medida, aliás, que poderia ser adotada também por outros poderes, como as casas legislativas, onde os vencimentos e até mordomias são incompatíveis com a realidade do povo.