Ainda é prematuro afirmar que melhorias nas perspectivas da inflação sejam duradouras ou permanentes no que diz respeito à confiança do empresário, segundo afirma a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Acre (Fecomercio/AC) após divulgação do Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), disponibilizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) na última semana. Na série de ajuste nacional, o índice aumentou 10,7% na comparação mensal e 2,4% na anual.
A CNC acredita que este aumento seja influenciado pela melhora nas atuais condições, nas expectativas e nos investimentos, mas, apesar de este ser o melhor resultado nos últimos 15 meses, o Icec ainda mantém em patamar abaixo da zona de indiferença, de 100 pontos.
Para o assessor da presidência da Fecomercio/AC, Aurélio Cruz, o resultado foi estimulado basicamente pelas expectativas. “Que, na concepção do empresário do comércio, melhorou a perspectiva para a inflação para os próximos meses”, complementa. Mesmo assim, acreditar numa melhora ainda seria algo “prematuro”.
O estudo complementa que o índice que mede as condições correntes teria alcançado a marca dos 47,1 pontos e, apesar da subida de 6,1% em relação ao mês anterior, apresentou queda de 5,8% na comparação anual. O levantamento afirma ainda que a percepção dos varejistas teria melhorado 9,3% em relação à economia; 6,3% em relação ao setor e 4,6% em relação ao desempenho da empresa. Mas, para 91,9% dos varejistas, a economia piorou neste fim de semestre. A CNC estima ainda que o volume das vendas do comércio de 2016 tenha uma queda de 5,6% no conceito restrito e de 10,6% no ampliado, que inclui materiais de construção e os setores de automóveis.
“O motivo é a demanda no mercado interno, que ainda permanece muito baixa. Além disso, com a confirmação da CNC da projeção de recuo de 5,6% no volume de vendas do varejo restrito para 2016 ante ao ano anterior”, finaliza Aurélio.