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Ifac treina equipe que vai operar o primeiro Planetário Móvel do Estado

Integrantes do projeto do Planetário Móvel do Ifac participam desde segunda-feira, 18, de um treinamento para a operacionalização e apresentação das sessões no planetário. A capacitação é ministrada pelos acadêmicos de Física da UERJ e ‘planetaristas’ da Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA), Bruna Senra Faria e Leandro Soares Faria. Cerca de 16 pessoas participam do treinamento que ocorre no Campus Baixada do Sol até o dia 21 de julho. O planetário móvel do Ifac é pioneiro no Acre e um dos poucos da região norte.

A capacitação está sendo feita com estudantes dos cursos técnicos integrados dos campi de Rio Branco e de Licenciatura em Física do Campus Sena Madureira. Há também a participação de acadêmicos de Física da Universidade Federal do Acre. O treinamento aborda temas como os planetas, evolução estelar, mitologia grega, missões espaciais, história da aeronáutica no mundo, e vários outros relacionados a astronomia.

Os ministrantes do curso que viajam por todo o Brasil com o planetário móvel da OBA e atendem cerca de 30 mil alunos por ano trouxeram suas experiências para compartilhar com o grupo. A “planetarista” Bruna Senra compartilhou alguns relatos dos cinco anos de “estrada”. “Nosso planetário funciona há alguns anos e eu e o Leandro acabamos adquirindo uma experiência muito boa com o nosso trabalho de passear por vários estados, conhecer culturas e públicos diferentes. Com isso adquirimos uma didática mais elaborada, uma cabeça mais aberta para planejar as sessões, considerando como cada público deve ser atendido, quais são as prioridades, o que querem ver e quais as carências deles de conhecimento sobre astronomia”, contou.

Além do know-how, Bruna e Leandro também auxiliam a equipe do planetário do IFAC com materiais que podem ser exibidos nas sessões como vídeos e softwares que eles utilizam no planetário da OBA.

O professor Cleyton Assis, um dos responsáveis pela iniciativa, explicou sobre o caráter multidisciplinar do planetário e as possibilidades de ensino que ele oferece. “No planetário podemos projetar conteúdos de astronomia, e fazer com que a astronomia possa permear outras disciplinas, basta que a gente encontre ou produza material que possa ser projetado na tecnologia fulldome que ele exige”, explicou. O docente contou ainda sobre a expectativa de incentivar os estudantes a participarem das olimpíadas de robótica, física e astronomia, disciplinas que o planetário pode abordar.

O estudante do 2º ano do Integrado do Campus Rio Branco, João Vitor, demonstrou entusiasmo com o projeto. Ele contou que é apaixonado por astronomia e pretende seguir os estudos nesta área. “Mesmo antes de entrar no Ifac eu já gostava muito de ler sobre astronomia, sobre os astros, fenômenos físicos que acontecem. Então eu sempre fui muito ligado nisso e agora, com o planetário, aumentou ainda mais a minha vontade de aprender”, compartilhou.

Divulgação científica – O planetário, pioneiro no Acre, adquirido com recursos de emenda parlamentar do deputado Sibá Machado, com apoio da Proex e gerido pelo Campus Rio Branco tem o objetivo de promover a divulgação científica e o acesso à informação por meio de exibições de sessões educativas, inicialmente nos campi do Ifac. A proposta inclui ainda exibições em eventos científicos e em escolas das redes públicas e privadas no estado.

“O planetário já é um sonho de muito tempo no Ifac”, afirmou a reitora do Instituto, Rosana Cavalcante dos Santos. Ela, a pró-reitora de Extensão Substituta e a diretora Geral do Campus Baixada do Sol, Hévea Maciel, acompanharam o grupo em uma exibição no planetário que encantou a todos.

A reitora contextualizou sobre a iniciativa do projeto por iniciativa dos professores Cleyton Assis e Fábio Storch, em 2014, e a busca pelo recurso que pudesse torná-lo realidade. Ela falou da importância do projeto para o Ifac e para o Acre. “A importância do planetário para a instituição é enorme porque são várias áreas de estudo dentro dele que podemos explorar. Então vai ser uma forma lúdica de ensinar, e como ele é único no Acre, a gente já está se planejando para vários eventos científicos”, explicou.

A Gazeta do Acre: