A jornalista Kátia Oliveira esteve na sede da Polícia Federal na manhã desta quinta-feira, 21, acompanhada do presidente do Sindicato dos Jornalistas do Acre (Sinjac), Victor Augusto de Farias, para denunciar a prática de racismo e exploração sexual em uma rede social.
A profissional esteve participando na noite da última quarta-feira, 20, de um ciclo de palestra sobre o papel da mulher negra no mercado de trabalho. O evento foi realizado pelo curso de Jornalismo da Universidade Federal do Acre (Ufac), com a participação de acadêmicos e ativistas que defendem a inclusão de negros nos meios profissionais.
Após ministrar sua palestra com as demais convidadas, uma lista de frequência e de contatos passou pela turma para uma possível e futura nova troca de informações. A comunicadora relata que após deixar o campus Rio Branco, ela foi adicionada em um grupo intitulado ‘zuação’, em uma rede social.
“A princípio, pensei que se tratava de um equívoco a minha inclusão, mas ao tentar sair por diversas vezes, logo eu era incluída novamente. No grupo aparecem diversos números de fora e eles passaram a noite toda enviando pornografias, assim como imagens e expressões racistas. Fiz contato com o meu presidente e ele me acompanhou no registro da ocorrência na sede da Polícia Federal”, disse Kátia.
Em determinado momento, a jornalista disse que enviaram uma expressão direcionada a ela, como “a nega aguenta rol… e não aguenta Trollada” (sic).
Para o presidente, isso é um ato grave e que deve ser levado às autoridades para as devidas punições da lei.
“Esse episodio é algo gravíssimo. A Kátia foi sábia em já ter registrado o ocorrido na ouvidoria da universidade e agora vamos aguardar a convocação do delegado federal para que seja realizada a perícia no aparelho celular e, assim, possam localizar os integrantes desse grupo. Iremos acompanhar de perto”, destacou Victor.