“O importante é que não desistimos, estamos cheios de ideias, estamos fazendo o que é possível no momento. Esse sonho não irá morrer, a Sarah estará sempre viva, não só em nossos corações mais em nossas ações também”, falou animada Dejane Rodrigues, mãe da pequena Sarah Teixeira Rodrigues, falecida aos nove anos de idade, vítima da queda de uma caixa d´água que caiu no quarto enquanto ela dormia.
Perseverante, ela e a família não medem esforços para realizar a segunda edição do projeto Ação Sarah, que este ano ocorre no próximo sábado, 23, no Conjunto Laelia Alcântara, Rua Jerusalém bairro Calafate.
A ação ocorre nesse período todos dos anos, numa forma de homenagear Sarah que se estivesse viva completaria 14 anos no dia 18 de julho.
“Da mais profunda escuridão, ao perder minha filha, percebi que posso fazer a diferença na vida de outras crianças. A partir disso, nasceu à ideia de criar a Ação Sarah”, lembrou Dejane.
Compõe a programação uma série de atividades envolvendo esporte, lazer, saúde, promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, democracia e de outros valores universais. Na ocasião serão distribuídos cachorros quentes, pipocas, além de brincadeiras, cortes de cabelos, manicure para meninas, animação de palhaço, movimento saúde com professora de educação física, aferição de pressão, aplicação de flúor e pula-pula. Tudo de forma gratuita.
A partida repentina de Sarah afetou a família inteira. “Todo dia é diferente. Mas, no início foi muito difícil. Ela era muito carinhosa, esperta e solidária. Foram nove anos de convivência muito intensa. Um ano após a morte dela, senti que precisava fazer algo para manter a memória dela viva mais do nunca”, explicou emocionada a idealizadora do projeto.
Ação Sarah parte do princípio de que a arte é um dos melhores caminhos para se alcançar a qualidade de valores morais e educacionais.
“Quando falei do projeto, a família e amigos abraçaram a ideia. Depois que apresentamos o projeto para os parceiros a adesão é quase certa. Sarah tinha dessas coisas. Conquistava todo mundo que tinha contato”, recordou Dejane.
“Os outros aniversários, sempre comprava uma boneca. Porque ela era maluca por bonecas. Percebi que com o tempo não teria onde guardar tantas bonecas. Foram essas percepções que embasaram a minha decisão de fazer a Ação e teria que ser no dia do aniversário dela para que outras crianças pudessem ter um dia feliz”, falou Dejane.
A casa onde ocorreu o acidente que vitimou a pequena Sarah deverá se tornar uma sede para gestão das próximas edições do projeto. “Após o acidente, nunca mais voltei para aquela casa. Não tive coragem. Mas, percebo hoje, que o lugar onde a Sarah nasceu e se criou é ideal para formamos nossa sede. É o lugar que ela foi mais feliz. Não poderia ser em outro lugar”, destacou a mãe.
Se alguém quiser contribuir com a Ação, seja com doações para o artesanato, ou lanches para as crianças. Qualquer tipo de doações (68)99281-9786 somente WhatsApp e o (68)99973-0074.