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Fronteiras abertas

Confirmando o que se alertava ontem sobre a atuação do crime organizado também atuando aqui no Estado, mais um presidiário no regime semiaberto foi executado – o quinto em menos de uma semana.

É sabido que a maioria desses crimes – e a própria polícia também sabe – faz parte do que se convencionou chamar de “acertos de contas” entre facções dessas organizações criminosas e quase sempre motivadas pelo tráfico e consumo de drogas.

Por mais que as Polícias Civil, Militar e a Polícia Rodoviária tenham apreendido uma quantidade significativa de drogas, as fronteiras entre o Acre e os dois países tidos como maiores produtores e exportadores continuam completamente desguarnecidas.

A Polícia Federal, que teria a responsabilidade maior de combater o narcotráfico, está praticamente sem recursos técnicos e humanos aqui no Estado e na Amazônia, de modo geral.

O que se observa quase diariamente é que cem, duzentos ou mais agentes e delegados federais são mobilizados em São Paulo, Rio de Janeiro e outros estados do Sul e Sudeste para prender meia-dúzia de acusados ou até menos, enquanto o narcotráfico e o contrabando de armas correm soltos nessas regiões de fronteira. Faz parte do jogo midiático, mas está hora de acabar.

 

A Gazeta do Acre: