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Um país menor

Com as atenções voltadas para os jogos olímpicos, a sociedade pouco está se importando com o que está acontecendo no Senado, onde começou ontem a segunda fase do processo do impeachment que deverá decidir pelo afastamento da presidente da República.

Primeiro, porque se trata de um jogo de cartas marcadas ou uma farsa, cujo resultado já se pode prever. Depois, porque a sociedade perdeu as esperanças de que este processo resultará em melhorias significativas para o país, a julgar pelo se viu nesses mais de 100 dias de governo do presidente interino que se mostrou incapaz de reverter pelo menos alguns indicadores da grave crise econômica.

Em várias ocasiões, ele próprio já sentiu que não tem legitimidade, a confiança e a simpatia da sociedade. Vive, praticamente, recluso no Palácio e, para piorar a situação, no último final de semana, foi denunciado por uma das empresas investigadas na operação Lava Jato de receber propina.

Na verdade, depois de algumas décadas de prosperidade e, sobretudo, de democracia plena, o país sairá menor desse processo, desacreditado junto às nações democráticas e com a sociedade dividida, correndo o risco inclusive de ter que conviver com o surgimento de alguns grupos radicais preconceituosos, fascistas.

 

A Gazeta do Acre: