O caso da criança de um ano que morreu afogada em uma piscina, nesta segunda-feira, 29, entrou para uma triste estatística. Todos os anos no Brasil, mais de 1.100 crianças morrem vítimas de afogamentos, de acordo com o Ministério da Saúde e revela como o afogamento ainda se mantém como segunda causa geral de morte na faixa de cinco a nove anos.
A facilidade com que este acidente pode ocorrer se agrava devido a duas características principais do afogamento. Geralmente ele é rápido e silencioso. No momento do acidente, em Rio Branco, a criança estava com o pai, Edvaldo Batista, três irmãos, de 5 meses, 8 e 9 anos, e a mãe.
“Terminamos de almoçar e o irmão dele caiu do colchão que tínhamos colocado e aí fomos ver. Ele ficou com os outros dois irmãos. Quando a gente sentiu falta dele uns cinco minutos depois, procuramos. Meu ex-cunhado mergulhou na piscina, um rapaz que ajuda a gente na limpeza do imóvel também mergulhou, mas não encontraram”, disse abalado.
Ele diz que a família ainda procurou a criança na rua e dentro da casa. “Depois resolveram mergulhar novamente na piscina e encontraram, mas aí já era um pouco tarde”, lamentou o pai. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência foi acionado, mas ao chegar ao local a criança já estava morta.
Para evitar tragédias como essas, a adequação no ambiente e a supervisão do adulto são essenciais para evitar esse risco. De acordo com o tenente-coronel do Corpo de Bombeiros, Eudemir Bezerra, é preciso que haja sempre uma supervisão de alguém em piscinas, rios e balneários.
“Na maioria dos casos, o afogamento ocorre quando existe um descuido momentâneo. Crianças menores de quatro anos não têm como se salvar em água, pois a cabeça é a parte mais pesada do corpo e gostam de brincar com água”, destacou Eudemir.
Em casa, por exemplo, é importante lembrar que apenas três dedos de água em um balde esquecido na cozinha já representam perigo significativo para uma criança que está começando a andar.
Apenas dez segundos são suficientes para que a criança fique submersa na banheira; dois minutos são suficientes para que a criança, submersa, perca a consciência; e de quatro a seis minutos para que a criança fique com danos permanentes no cérebro. Além da supervisão total do adulto, outras medidas podem evitar este acidente: usar colete salva-vidas, esvaziar e armazenar em locais altos baldes, bacias e banheiras após o uso, fechar vasos sanitários e banheiros, tampar ou esvaziar os tanques e esvaziar piscinas infantis.
Caso o cidadão necessite de um atendimento emergencial, basta ligar para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), o 192. Se houver um afogamento ou for necessário um resgate, é preciso ligar para o Corpo de Bombeiros, pelo 193.