“É muito triste saber que tem pessoas fazendo o uso de bebidas alcoólicas enquanto se tratam ou após o tratamento”. A frase é do deputado Heitor Junior (PDT) ao comentar sobre os pacientes em tratamento contra a hepatite C, com os novos inibidores de próteses, e que estariam ingerindo bebidas alcoólicas.
Heitor lamentou a situação e disse que os pacientes agem de forma irresponsável. “Apesar do esforço governamental, muitos pacientes que estão tomando a nova medicação para hepatite C estão voltando a fazer uso de bebidas alcoólicas. Isso é uma grande irresponsabilidade”, disse.
Segundo Heitor, a ingestão de álcool pode tornar ineficaz o tratamento. “A hepatite atinge a corrente sanguínea e se acomoda no fígado. Os vírus amam o álcool. E mesmo tendo ciência dessas coisas, os pacientes continuam agindo de forma errada”.
O parlamentar lembrou que cerca de 10 a 15 pessoas morrem no Estado em decorrência da doença. “Temos de 10 a 15 óbitos mensais por conta das hepatites. Esses novos inibidores de proteases são os últimos recursos da medicina para o tratamento da hepatite. A última esperança de cura e de repente nos deparamos com esse tipo de situação. Faço aqui o registro com muita tristeza. Eles estão com a morte anunciada”.
Ele salientou que a situação preocupa haja vista que nos próximos dias estará indo a Brasília, juntamente com representantes da Associação dos Portadores de Hepatites do Acre (Aphac), a fim de solicitar o envio de mais 500 novos tratamentos.
“A preocupação é que isso se torne corriqueiro. Ainda mais quando estamos nos direcionando a Brasília para pedir a liberação de 500 novos tratamentos”.
O líder político comentou também acerca da reunião realizada com os membros que compõem a Comissão de Sindicância que apura a morte de recém-nascidos na Maternidade Bárbara Heliodora. Ele afirmou que a pasta continua averiguando os fatos e confirmou que os prontuários referentes às mortes já foram solicitados para análise.
“Tivemos uma reunião importante com os membros da comissão. Ações continuam ocorrendo, inclusive, recentemente solicitamos todos os prontuários referentes às mortes. Temos um compromisso com a sociedade e estamos apurando em detalhes. Contamos com a colaboração dos deputados e da direção daquela unidade de saúde para avançar nesse sentido”, disse.
Quanto ao assunto, o deputado Gehlen Diniz (PP) também integrante da Comissão, disse que a pasta vem encontrando algumas dificuldades para conduzir o trabalho. Ele citou que a atual direção do hospital tem se negado a fornecer informações acerca das mortes.
“Por mais que nos esforcemos, não estamos conseguindo ter acesso aos dados necessários para a conclusão das investigações. A direção da maternidade tem colocado obstáculos e isso tem dificultado o andamento das apurações, eles se recusam a nos fornecer informações que são indispensáveis para o desfecho do processo”, finalizou.