Uma verdadeira imersão em contatos e diálogos pela região do Juruá marcou a agenda do final de semana do deputado federal Raimundo Angelim (PT/AC) em visita aos municípios de Rodrigues Alves, Mâncio Lima e Cruzeiro do Sul. Ele se reuniu com populares, lideranças comunitárias, militantes e líderes partidários e por onde andou – ruas, mercado, casas de amigos, comunidades rurais e ribeirinhas – falou da importância da boa política e criticou o tradicional “coronelismo” ainda existente em algumas regiões.
“É perceptível que as pessoas estão cansadas do jeito tradicional de se fazer política, do ‘coronelismo’, que ainda persiste em alguns lugares, das promessas nunca cumpridas. A cada dia aprendo mais conversando com pessoas simples das cidades e do campo. Professores, merendeiras, produtores rurais, pescadores, aposentados, jovens, idosos, enfim. Percebo, a cada encontro coletivo ou em conversas reservadas, um misto de decepção com o que ocorre hoje no país e principalmente com o comportamento dos políticos. Porém, identifico também fios de esperança de que é possível mudar, fazer diferente, reconstruir pontes, trilhar novos caminhos, enxergar além da curva”, disse Angelim.
Em todas as conversas que participou, o parlamentar do PT do Acre fez questão de frisar a importância de que se tenha eleições limpas, com rigorosa atenção à legislação eleitoral e os pés no chão. “Que olhemos nos olhos das pessoas e toquemos seus corações. Estamos diante do desafio de resgatar a credibilidade na política e nos políticos. É uma luta que tenho encampado desde a Câmara Federal e que levo comigo nessas andanças, aos municípios por onde for”, enfatizou.
Para Angelim, o cargo mais desafiador é o que está em disputa no pleito deste ano: o de prefeito. “É ele que está na cidade, perto das pessoas. É também uma campanha difícil, porém com verdade, sinceridade e assumindo com a comunidade compromissos que venham ao encontro de seus anseios e necessidades sei que é possível”, disse.
De acordo ainda com as impressões do deputado, o que mais desaponta e afasta cada vez mais as pessoas do debate são justamente os discursos panfletários, vazios de conteúdo. “As pessoas não querem festas, olhares passageiros, contatos distantes pela frieza e superficialidade da abordagem. Elas estão necessitadas e buscam o diálogo franco, a conversa amiga, o olhar calmo e sem pressa. De palavras que expressem a verdade, se serem ouvidas e principalmente que tudo isso venha permeado de sentimento, de amor, de simplicidade e de disposição para se caminhar junto, de tecer novos e diferentes compromissos, do contato direto, do olhar atento e da cumplicidade pelas realizações necessárias à melhoria da qualidade de vida de todos. É uma tarefa desafiadora mas temos a missão de cumpri-la”, concluiu.