Alunos da escola Neutel Maia realizaram uma manifestação na manhã desta sexta-feira, 26. Eles demostraram toda a indignação contra as queimadas. De acordo com os professores que apoiaram o protesto, a intenção é conscientizar tanto a população quanto as autoridades do Estado. E evitar que a cortina de fumaça que atualmente cobre o Acre volte a tirar a qualidade de vida dos cidadãos.
O estudante do 8° ano, Davi Gomes, relembra que ficou doente e precisou faltar dois dias de aula. “Tinha dificuldade para respirar. Fui ao médico e perdi aula. Essa fumaça está prejudicando muito a saúde de todo mundo”, reclamou.
A professora Cirlene Prado explicou que todos os alunos do turno da manhã foram envolvidos e o protesto faz parte uma atividade escolar sobre as queimadas.
“Eles têm aula, têm base para falar. Não adianta falar por falar, e isso é esclarecido. Tivemos um tempo de estudo e debate. O manifesto é um resultado do que já fizemos na sala”, explica a professora.
Durante o mês de agosto, já foram registrados 11.023 focos de calor em todo o Estado, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
A combinação de baixa umidade do ar, altas temperaturas e fumaça impactou diretamente na saúde do acreano. Apenas entre 1º a 24 de agosto, a UPA do Segundo Distrito de Rio Branco, referência no serviço, registrou 1.851 casos. O número é 32% maior que o contabilizado no mesmo período do ano passado, com 1.403 registros.
As doenças mais comuns nesse período são: Infecções de vias aéreas superiores, como amigdalite, faringoamigdalite, faringite, laringite, sinusite, infecções de vias aéreas inferiores – do tipo bronquite, bronquiolite, pneumonia, asma, bronquite asmática, enfisema pulmonar, tuberculose.