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Grande parte da fumaça que encobre Rio Branco vem de outros estados, diz Inpe

 A capital acreana amanheceu encoberta de fumaça nesta quarta-feira, 24. Desde o início do período de estiagem não havia sido registrado uma concentração tão grande de fumaça.

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe), grande parte da fumaça que chegou ao Acre é oriunda de outros estados como Amazonas, Rondônia e Mato Grasso. Além da massa de fumo que se desloca da Bolívia, sobretudo de Beni, Santa Cruz e Pando.

O diretor-presidente do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), Paulo Viana, destaca que todo o Leste do estado está afetado pela grande concentração de fumaça. Porém, Rio Branco é o mais afetado. “Com toda essa situação, todos os dias nos intensificamos nossa atividade de fiscalização. Nós redobramos as equipes em campo e as autuações”.

Somente este ano o Imac já aplicou mais de R$ 200 mil em multa por crime ambiental, seja por queimadas ou desmatamento ilegal. Além disso, mais de 100 propriedades foram embargadas. De janeiro até agosto, o Acre registrou 1.786 queimadas, entre urbanas e rurais.

“A sociedade também precisa nos ajudar e fazer seu papel de denunciar e fiscalizar, principalmente evitar fazer queimadas tanto na zona urbana, como na zona rural”, concluiu Viana.

Pessoas utilizam máscara para se proteger da fumaça

Algumas pessoas utilizaram máscara descartável na tentativa de se proteger da fumaça que encobriu a capital nesta quarta-feira, 24. A exposição e inalação da fumaça podem trazer problemas de saúde como doenças respiratórias e de pele, por isso é preciso redobrar os cuidados neste período de seca.

A jornalista Jahnnyne Lima, de 25 anos, foi uma das pessoas que aderiu o uso de máscara. Ela utilizou o recurso no percurso de casa para o trabalho. “Tentei sai de casa só com uma toalha de mão, mas como o ar esfumaçado estava insuportável tive de voltar e pôr uma mascara descartável”.

Mesmo com todos os cuidados a jornalista diz que chegou no ambiente de trabalho ofegante e com dificuldade de respirar.

Aula de funcional é cancelada

Muitas pessoas sentiram o efeito negativo que a grande concentração de fumaça pode causar. A turma de funcional das 7h, do coach Sérgio Costa, não conseguiu realizar todo o treino devido a fumaça.

“Hoje a fumaça foi muito forte e poderia ser prejudicial para os alunos. Nós trabalhamos muito a parte respiratória durante os treinos e os alunos em comum acordo decidiram não fazer a aula”, explicou.

A Gazeta do Acre: