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“Precisamos fazer uma limpeza nesse meio político”, disse Raimundo Vaz

O jornal A GAZETA dá início neste domingo, 21, à rodada de entrevistas com os candidatos que disputam à prefeitura de Rio Branco nas eleições deste ano. O candidato pela coligação Rio Branco Quer Mais, vereador Raimundo Vaz (PR) foi o primeiro entrevistado da série.

No bate papo ele fala um pouco sobre a construção do plano de governo e a importância da participação da população, os gargalos da capital. Ela faz ainda uma avaliação sobre o cenário político de Rio Branco.

“Precisamos fazer uma limpeza nesse meio político. A hora é agora e temos que exercer nosso direito de mudança nessas eleições”, disse. Confira a entrevista;

 

A GAZETA – O que o motivou a entrar na disputa pela prefeitura de Rio Branco?

Raimundo Vaz – A história de cada homem é escrita pelos seus atos. Eu escrevi uma história de 35 anos de luta na política. Tenho uma história sindical de muita luta também. Sempre busquei o melhor para meu povo com muita ética e na esperança de galgar dias melhores. Esse anseio por ver a população com uma qualidade de vida apropriada é que me fez entrar nessa disputa. Esperei muito tempo por esta oportunidade, mas, Deus abençoa no momento certo. É, sem sombra de dúvida, um período importante, pois, terei a oportunidade de mostrar a sociedade todo esse meu histórico de comprometimento e dedicação a essa cidade.

 

A GAZETA – Como vereador, o senhor conhece bem a realidade e necessidade da capital. Em sua opinião, o que precisa ser mudado para que a cidade cresça mais?

  1. V. – Nos últimos anos Rio Branco viveu um momento estratégico interessante. Tivemos sim um crescimento, porém desordenado. Existem muitos pontos que precisam ser melhorados, muitos setores. A saúde, segurança pública, mobilidade urbana, moradia, enfim, nossos gestores não estão atendendo a altura as demandas e anseios da população. E esses detalhes é que trazem o desenvolvimento. Não adianta festejar porque a capital está crescendo se tudo isso estiver ocorrendo desordenadamente. Ser um prefeito simpático, ouvidor não resolve. Falta visão de futuro nos nossos atuais gestores.

 

A GAZETA – Fale um pouco sobre seu plano de governo?

  1. V. – A pauta principal do meu plano de governo é crescimento. A produção é uma das nossas prioridades. Precisamos ter um olhar diferenciado para este setor. O meio Ambiente também terá uma atenção especial nessa gestão. Na questão urbana da cidade, temos muito que trabalhar. Saúde, Segurança e Mobilidade Urbana são os pontos mais criticados pela população. Percebo a necessidade renovação, modernização, reorganização. Precisamos de uma infraestrutura mais eficaz. O recurso público tem sido aplicado de forma errada. Precisamos ter uma cidade planejada, organizada.

 

A GAZETA – Como governar nesse momento em que a política anda tão desacreditada pela população?

  1. C. – Para participar da política é preciso ter grandeza, espírito público e causas para defender na sociedade. A maioria dos políticos não defende a coletividade. Estão na política com outros propósitos. Daí a frustração e indignação das pessoas. A corrupção foi institucionalizada. Precisamos recuperar a credibilidade. A credibilidade daquilo que se diz, a credibilidade aquilo que se fala e faz. Isso é válido para o governo, é válido para a oposição e é válido para quem está assumindo posição. Esse é o momento de encarar a verdade, fazer autocrítica e buscar resgatar a confiança do nosso povo.

 

A GAZETA – E diante dessa crise econômica?

  1. C. – No tocante à prefeitura, é preciso fazer um choque de gestão, otimizando recursos e invertendo prioridades. Independe da situação em que o país enfrenta ou enfrentará, o importante é um governo democrático, respeitador do contraditório e do estado democrático de direito.

 

A GAZETA – O fato de concorrer contra o prefeito da capital lhe preocupa? O senhor considera desvantagem?

  1. V. – Eu sei que enfrento um gigante, mas não vou me intimidar por isso. Quem elege um político é a população, portanto, vou trabalhar esses meses de eleição de forma clara, digna, ética e não permitirei que nada de incorreto seja realizada, pois, se desejo verdadeiramente representar nosso povo tenho que ter ética em todas as minhas ações.

 

A GAZETA – Várias candidaturas pela oposição não acaba sendo desvantajoso no que diz respeito a uma possível vitória?

  1. V. – Nosso foco não é apenas ganhar. Não existe essa história de ganhar por ganhar. Temos um projeto, um ideal de vida. Queremos vencer para lutar por melhores condições para os nossos cidadãos. Nosso objetivo é juntar forças com aqueles que estão preocupadas em buscar o melhor para Rio Branco, com aqueles que desejam construir uma cidade melhor. Por isso a preocupação com o plano de governo. Temos que esquecer essa questão de composição política para derrubar o fulano. Vamos esquecer tudo isso. O foco aqui é fazer o melhor por essa cidade. A proposta é essa e gostaríamos sair vitoriosos nesse pleito para construir junto com a sociedade um futuro melhor.

 

A GAZETA – Qual avaliação o senhor faz do cenário político do Acre?

  1. V. – Minha história me permite fazer uma avaliação sobre esse momento turbulento que o país vive e que muito provavelmente afetará o Acre. Erros sucessivos que levaram ao grande caos que vivemos hoje. Claro que não podem os torcer para que o pior aconteça ao nosso país para poder depois apontar o dedo. A falta de credibilidade desses partidos que estão governando o país, o Estado, está piorando nossa economia. A população precisa estar atenta a essas questões. Precisamos fazer uma limpeza nesse meio político. A hora é agora e temos que exercer nosso direito de mudança nessas eleições.

 

A GAZETA – Considerações finais.

  1. V. – Agradeço a oportunidade que me foi dada para apresentar minha proposta de governo. Gostaria de pedir ao eleitor que não vote apenas por votar. Conheça os candidatos, suas propostas. Veja se a pessoa realmente tem compromisso com Rio Branco. Chega de colocarmos no poder pessoas que não estão nem aí para as necessidades do povo, de não buscar acrescentar em nada. Eu me apresento como um candidato compromissado, responsável e preocupada, acima de tido, com a ética e o bem estar da população.

 

 

 

 

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