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Presidente do PSDB diz que irá expulsar o ex-deputado federal Márcio Bittar da sigla

 O clima esquentou no ninho tucano depois da notícia de uma tentativa fracassada de aliança entre o PSDB e a Frente Popular, em Cruzeiro do Sul. O presidente do PSDB, deputado federal Major Rocha, anunciou que irá pedir a expulsão do ex-deputado federal Márcio Bittar (PSDB).

Segundo Rocha, Bittar teria dito à presidência nacional do partido que ele havia se aliado ao Partido dos Trabalhadores, no Acre. “Ele foi à direção nacional do PSDB dizer que eu tinha me aliado com o PT no Acre. Desmascarei-lhe. Não tem mais conversa. Por isso não há mais espaço para ele, enquanto eu estiver na presidência”, disse Rocha.

Rocha afirmou, ainda, que estaria afastando o colega de partido da direção do Instituto Teotônio Vilela, que tem parte ativa na elaboração de atos do partido.  “Não merece mais a minha confiança. Farei isso o mais breve possível, nomear ou exonerar o dirigente do ITV é prerrogativa minha”, disse, ao ressaltar que o “PSDB terá de escolher se fica comigo ou com Márcio Bittar. O PSDSB nacional que decida”.

Márcio Bittar, por sua vez, disse que não teme as ameaças de Rocha. Ele pontuou, também, que Rocha tem agido de forma desequilibrada. “O deputado Major Rocha precisa se acalmar e ter o equilíbrio necessário para exercer o cargo ocupado por ele no partido. Ele me acusa de ter comunicado à direção nacional de um assunto de conhecimento comum e já divulgado na mídia, a junção do PSDB com a Frente Popular via PSB no Juruá, mas não há erro algum nisso. Afinal, a orientação nacional é contrária a isso”, revelou Bittar.

Quanto à expulsão, o ex-deputado federal foi categórico ao afirmar que não deixará o partido. “O que posso dizer é que eu não vou sair do PSDB. O partido não é dele, mas se ele quiser sair. O Rocha acha que o partido é dele, é um patrimônio dele”.

Ao confirmar que teria informado à direção nacional acerca do possível acordo, Bittar afirmou que “este tipo de acordo é uma ofensa ao PSDB nacional e não podia me calar diante disso”.

“Como ficaria o palanque na cidade nesta eleição? Haveria um pacto de silêncio sobre a ‘Lava-Jato’, BR-364 ou sobre os desmandos da Dilma? Em 2018 quem iria apoiar quem?”, finalizou.

O presidente do PT no Acre, Ermício Sena, pontua que desconhece qualquer conversa entre as duas legendas. “Não tenho essa informação. O que a gente faz é dar autonomia aos diretórios para que eles possam definir suas estratégias de campanha. Qualquer decisão relacionada à campanha de Cruzeiro do Sul, como é a candidatura da união do PT com o PSB, os dois partidos tem total autonomia a partir das alianças que são firmadas a tocarem suas campanhas”, explicou.

 

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