Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Queimadas, estiagem e temperatura elevada provocam doenças respiratórias na capital acreana

A combinação de temperaturas elevadas, baixa umidade do ar e a fumaça proveniente das queimadas são os principais fatores que contribuem para o aumento de doenças que acometem o sistema respiratório. Asma, bronquite, sinusite, rinite, faringite, amigdalite, otite, pneumonias, gripes e resfriados são ainda mais frequentes nesta época do ano. No mês de julho, 2.743 casos de doenças respiratórias foram registrados na capital acreana.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a umidade do ar abaixo dos 30% traz riscos para saúde. Outros fatores que contribuem para os efeitos negativos do clima são a poluição e a concentração de gases nocivos na atmosfera como dióxido de nitrogênio e outras substâncias prejudiciais à saúde. A OMS considera que o ideal é que a umidade esteja entre 50% e 80%. Também segundo a OMS, as condições climáticas nessa época do ano juntamente com as queimadas têm levando pessoas com doenças crônicas a óbito.

Crianças, doentes crônicos e adultos acima dos 50 anos são os que mais sofrem devido o sistema imunológico não estar totalmente amadurecido ou pela carência de imunidade decorrente da idade. De acordo com o médico e coordenador adjunto do curso de Medicina da Uninorte, Osvaldo Leal, algumas medidas simples podem diminuir os efeitos adversos do clima árido no organismo. “É importante manter o corpo hidratado, a casa sempre limpa e, em ambientes mais fechados, como os quartos, por exemplo, deixar uma bacia com água ou um pano molhado durante a noite para ajudar a umidificar o ar, facilitando a respiração noturna”, disse.

A pele e algumas partes do corpo como couro cabeludo, barba, sobrancelhas, nariz e dobras da pele (axilas, virilhas e debaixo dos seios) também precisam de cuidados redobrados neste período. Doenças como a dermatite causa a inflamação da pele ocasionando lesões e coceira. “Manter a hidratação de algumas partes do corpo também é importante, principalmente o nariz que com a desidratação pode sangrar. O soro nasal é ótimo para hidratar, pois evita o ressecamento e até mesmo o sangramento, sendo que o nariz é o órgão mais afetado pelo ar seco, tendo ele o primeiro contato com o ambiente”, finaliza Osvaldo Leal.

Devido o clima da região norte ser atípico nos períodos de julho à agosto (sem previsão de chuva e com as frequentes queimadas), o curso de Medicina da Uninorte, incluiu em sua grade curricular a disciplina de Toxicologia e Saúde Ambiental que contribui para a formação do futuro profissional ajudando-o a compreender o funcionamento do ambiente de forma geral. É uma especialidade adequada à região amazônica para a compreensão de cada processo da natureza como período de estiagem, de chuva, umidade, de calor e, principalmente dos efeitos das queimadas na saúde da população.

A Uninorte é a instituição acreana que além de oferecer 24 cursos de áreas distintas do conhecimento, busca incluir em suas metodologias educacionais, temas que contribuam diretamente com a sociedade.

 

Sair da versão mobile