O nível do Rio Acre continua subindo. Nesta segunda-feira, 29, o nível estava em 1,71 metro. É o que aponta a Defesa Civil, responsável pela medição diária do manancial. Atualmente, cinco bombas em balsas flutuantes auxiliam na captação da ETA II, e nos próximos dias entrará em funcionamento a primeira bomba em balsa flutuante da ETA I.
Outras medidas deverão ser adotadas, caso a situação da seca se agrave ainda mais e o manancial registre a marca de 1,25 metro.
Mesmo com aumento do nível do Rio Acre, a campanha “Nós Contra o Desperdício” atua para conscientizar a população sobre o uso racional de água. As ações educativas e de fiscalização estão sendo promovidas nos bairros da Capital.
O serviço de ligação gratuita por meio do 0800 721 1314 e mensagens feitas pelo aplicativo Whatsapp para o número 99238-0101 estão disponíveis aos consumidores para serviços administrativos, relato de falta de água e denúncias contra desperdício.
Outro motivo de preocupação são as queimadas e fumaça que provocam doenças na população. De acordo com o satélite de referência de monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), neste ano, de janeiro até agosto, o Acre registrou 1.932 focos de calor, entre queimadas urbanas e rurais.
Recentemente, todo o leste do estado foi afetado por grande concentração de fumaça, em decorrência dos ventos Sul, que, apesar de sua baixa velocidade, deslocam a fumaça. Rio Branco, Porto Acre e Bujari apresentam a maior concentração do poluente, oriundo de queimadas.
Ainda segundo o Inpe, o Acre ocupa a oitava posição no ranking de focos de calor dos Estados que compõem a Amazônia Legal. Mato Grosso, Tocantins e Pará lideram em termos de ocorrência.
O satélite de referência do Centro de Prevenção do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC/Inpe) aponta que, somente nos departamentos (estados) de Beni, Santa Cruz e Pando, na Bolívia, nos últimos dois dias, foram registrados 20 mil focos de calor.
A soma das ocorrências de queimadas no Mato Grosso e Amazonas resultam em 23,4 mil focos, gerando um total de 43,4 mil pontos de calor no entorno de Rio Branco, se somadas aos registros das cidades bolivianas. Grande parte da fumaça produzida foi deslocada para o Acre.