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Cobrar soluções

Como estava previsto, com a decretação do impeachment ou golpe, o país haveria de entrar num período de turbulência e a sociedade, que já vinha sofrendo as consequências da crise econômica e política, começa a enfrentar outros problemas que afetam diretamente o seu cotidiano.

Além das manifestações de protestos de caráter político-partidário, que se sucederam nos últimos dias, milhares de pessoas tiveram que passar ontem horas nas filas de alguns bancos devido à greve dos bancários por tempo indeterminado.

E, pelo que se anuncia, além dessa categoria, outros trabalhadores de serviços essenciais também deverão cruzar os braços nos próximos dias e já não se descarta inclusive um greve geral.

O novo Governo e seus apoiadores, que chegaram a fazer pouco caso ou até mesmo ridicularizar essas manifestações, precisam dar-se conta que a questão é séria e terão que encontrar uma resposta para a situação, que poderá descambar para uma convulsão social de consequências imprevisíveis.

Não. Não se trata de torcer pela fórmula velhaca do “quanto pior, melhor”, como fizeram. Trata-se de cobrar soluções de quem assaltou o poder, prometendo resolver os problemas do país.

A Gazeta do Acre: