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Começam assim

Depois de tantos outros, ontem foi a vez do senador Jorge Viana ter seu nome, supostamente, envolvido em recebimento de propina em uma lista vazada pela Polícia Federal por uma das empresas, cujos dirigentes estão presos em Curitiba.

Na relação consta em certo “menino da Floresta”, o que levou, imediatamente, à associação do seu nome, como o ex-ministro da Fazenda, Antônio Palocci, que foi preso, era cognominado de “italiano”.

Em nota, o senador repudiou com veemência a suposição, mas isso não basta. Como bem assinalou o advogado do ex-ministro, a situação chegou a tal ponto no país que, a qualquer dia, a qualquer hora, agentes dessa operação podem bater à porta de qualquer cidadão e levá-lo ou arrastá-lo à prisão, sem nenhuma explicação sobre os motivos da prisão.

Como já se disse e vale repetir nada contra a Operação Lava-Jato que desmantelou o mega-esquema de corrupção na Petrobrás. Tudo contra, porém, a esses métodos arbitrários,  espetaculosos e seletivos, pelos quais, se prende antes para provar a culpabilidade depois.

Qualquer semelhança com os métodos utilizados pela Ditadura Militar de 64 não é mera coincidência. As ditaduras começam assim.

A Gazeta do Acre: