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Qual é o limite?

Mais um policial foi morto, vítima de tentativa de assalto a uma casa de carne no Conjunto Esperança. Mesmo sem reagir, o 3º sargento da PM, Jean de Oliveira Menezes, 40 anos, foi friamente assassinado. E a reposta foi rápida. A polícia perseguiu os acusados e matou um deles por atirar contra as guarnições. Vendo o comparsa morto, o outro preferiu se render.

As declarações como as citadas no espaço ao lado (Frase do Dia), por parte de coronéis da PM foram em um tom mais duro, porém honesto. Muitos criminosos estão se safando de punições rígidas devido a falhas nas leis, no sistema prisional, na sociedade. E quem paga o pato no final não é só a população. São eles, os policiais que vão ter que prender o criminoso novamente.

Por trás da farda, todo policial é um cidadão. Civil. Uma pessoa como qualquer outra. Um homem que tem suas ideias e opiniões sobre a realidade, e que também critica e se deixa influenciar pelo meio em que vive. Ao vestir o uniforme, ele assume um fardo pesado de responsabilidades militares a serem seguidas, mas não deixa de ser o mesmo homem.

A própria sociedade está exigindo respostas mais severas. Mais letais. E a polícia está começando a dar essa resposta, dentro do possível. Os responsáveis pelas falhas no sistema, pela exploração das brechas da lei precisam fazer uma reflexão maior sobre este momento. Porque é ele que separa de uma crise ainda maior que está por vir, mas que ainda pode ser evitada.

 

 

A Gazeta do Acre: