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Acre apresenta aumento no registro de trabalho infantil

 Um levantamento do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho infantil (FNPETI) aponta que o trabalho infantil aumentou no Acre, mas esse acréscimo é identificado por todo o país e chegou a 4,5% em 2014. Esse é primeiro acréscimo a ser registrado desde 2005.

Até 2014, havia 3,3 milhões de meninos e meninas de cinco a 17 anos trabalhando. A faixa dos 5 aos 9 anos teve a alta mais expressiva. Esse grupo representa 8,1% da população com essas idades.  Em 2013, os ocupados eram 7,5% das pessoas nesse mesmo grupo.

De acordo com os dados, no Acre, o aumento foi de 67,9% na virada de 2013 para 2014. Vale lembrar que os números tratam apenas de crianças entre 5 e 13 anos de idade.

Quando comparada a faixa etária de 5 a 17 anos, os dados são ainda mais alarmantes. Em 2013, em cada mil crianças, 13 trabalhavam. No ano seguinte, 2014, na mesma escala, o quantitativo saltou para 23. O aumento foi de 10 crianças trabalhando ainda na menor idade. Uma elevação de 9,7%, deixando o Acre em 9º lugar no ranking nacional.

O estudo foi feito em parceria da organização com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Foram analisadas informações da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) anual de 2014, feita pelo IBGE.

Aumento por regiões

O aumento em 2014 aconteceu em 19 unidades da Federação. As que tiveram maior elevação foram Roraima (126,5%), Acre (67,9%), Distrito Federal (63,8%) e Paraíba (58,2%). O maior contingente de crianças e adolescentes que estavam trabalhando em 2014 se concentrava em São Paulo (461.876).

A seguir, estão Minas Gerais (354.179), Bahia (296.245), Pará (223.998), Rio Grande do Sul (212.241) e Maranhão (208.521). As maiores taxas de ocupação de crianças e adolescentes são do Piauí (16,0%), Santa Catarina (11,6%), Maranhão (11,4%), Rio grande do Sul (10,7%), Pará (10,7%) e Sergipe (10,4%).

 

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