A greve dos bancários completa oito dias no Acre nesta quarta-feira, 13. Uma nova rodada de negociação aconteceu na tarde de terça-feira, 12, mas não houve avanço, de acordo com presidente do Sindicato dos Bancários do Acre (Seeb/AC), Edmar Batistela.
Cerca de 89% das agências bancárias aderiram à paralisação em todo o Estado. Batistela destaca que quase 100% das agências do Banco da Amazônia, Banco do Brasil e Caixa Econômica estão de portas fechadas. No total, o Acre possui 57 agências registradas.
“Estamos esperando uma contraproposta. Até agora não tivemos nenhuma avanço. Suspenderam a sessão e não informaram se ainda volta hoje”, disse o presidente, no final da tarde de terça-feira, 13.
Segundo o sindicato, 30% dos serviços essenciais como caixas eletrônicos, processamento de dados, compensação, entre outros, estão funcionando normalmente. Por enquanto, a greve que começou no dia 6 de setembro continua por tempo indeterminado.
As principais reinvindicações da categoria são reajuste salarial de 14,78%, o que significa 5% de aumento real acima da inflação, participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 8.317,90 fixos para todos, além de piso salarial de R$ 3.940,24 e vales alimentação, refeição, 13º e auxilio-creche/babá no valor de R$ 880.
Os bancários querem ainda melhores condições de trabalho, fim de metas abusivas, garantia do emprego, mais contratações, fim da rotatividade e terceirizações, entre outros.
Movimento Nacional
Em todo o Brasil, o movimento grevista fechou quase metade das agências, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Ao todo, o país possui 22.676 agencias bancárias instaladas. Destas, 11.531 agências e 48 centros administrativos paralisaram as atividades.