O advogado da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), Flávio Caetano, solicitou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a realização de nova perícia contábil nas contas da campanha da petista à Presidência em 2014.
Em nota, o advogado pontuou que o TSE teria deixado de analisar cerca de oito mil documentos no qual comprovam que as empresas Focal, VTPB E Red Seg prestaram devidamente seus serviços, durante a campanha de 2014, inexistindo qualquer suspeita de que tivesse havido desvios de valores.
“Após a análise de mais de 8 mil documentos, disponíveis em fontes abertas, e que não foram apreciados pelos peritos do TSE, o parecer contábil divergente comprovou que os serviços contratados com as empresas Focal, VTPB e Red Seg foram devidamente prestados, inexistindo qualquer suspeita de que tivesse havido desvios de valores”, diz o advogado na nota.
Em contrapartida, os técnicos do tribunal apontam que as três empresas não apresentaram documentos suficientes que pudesse comprovar a prestação do serviço, com relação ao valor pago.
Na eleição de 2014, a Focal recebeu, aproximadamente, R$ 25 milhões por serviços prestados para a campanha à reeleição da presidente afastada. Em relação à gráfica VTPB, que recebeu R$22,3 bilhões da campanha de Dilma, os registros contábeis mostraram que a empresa obteve um lucro líquido de R$ 18,7 bilhões em 2014, ante uma receita bruta de R$ 28,2 bi.
Discordando dos argumentos dos técnicos, a defesa da ex-presidente solicitou nova perícia. “Ao considerar o laudo pericial como insuficiente, incompleto e impreciso, a defesa de Dilma Rousseff requereu ao TSE que nova perícia contábil seja realizada e considere as 8 mil páginas de documentos juntadas aos autos e não examinadas pela perícia anterior”, conclui a nota.
O recurso ficará sob relatoria do ministro Herman Benjamin.