O Governo Federal propôs o salário mínimo no valor de R$ 945,80 a partir de janeiro de 2017. Atualmente, o valor pago é de R$ 880. O percentual de correção do salário mínimo, pela proposta, será de 7,47%. Se confirmado, esse índice deverá cobrir apenas a inflação do período, ou seja, não haverá aumento real do mínimo.
Os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Dyogo de Oliveira, entregaram ao Congresso Nacional o Projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2017 na noite de quarta-feira, 31. O texto foi recebido pelo primeiro vice-presidente do Senado e presidente em exercício do Congresso, Jorge Viana.
O salário é referência para mais de 48 milhões de pessoas no Brasil. Caso seja aprovado, o aumento será bem-vindo, comentou o auxiliar de serviços gerais, Manoel de Souza. Para complementar a renda, ele trabalha nos finais de semana como montador de móveis.
“O salário está mínimo mesmo. É cada vez mais difícil quitar as contas do mês e fazer feira. Qualquer aumento é bom”, comentou Souza.
Vale lembrar que, no caso do salário mínimo, o Governo também usa o PIB de dois anos antes como garantia de aumento real. Mas, como o PIB de 2015 foi negativo, os trabalhadores receberão somente o repasse da inflação, ou seja, R$ 66,00 a mais.
Segundo cálculo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo necessário para suprir as despesas de uma família de quatro pessoas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência deveria ser de R$ 3.992,75 em julho deste ano.