A Operação Pente-Fino, realizada pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), deve convocar aproximadamente três mil pessoas no Acre para revisar o pagamento de benefícios. Em um primeiro momento, os beneficiários devem ser convocados por meio de carta com aviso de recebimento. Após a entrega, os segurados têm até cinco dias para agendar o atendimento por meio do telefone 135 ou no site da previdência.
Caso o beneficiário não compareça no prazo intitulado, o INSS vai convocar as pessoas por meio de um edital, que será divulgado. O auxílio será suspenso se, após essas convocações, os beneficiários não realizarem as perícias necessárias para comprovar que ainda precisam do auxílio.
As convocações, segundo o órgão, devem começar ainda no início de setembro e são direcionadas para as pessoas que estão há mais de dois anos recebendo o auxílio ou que ainda não fizeram nenhuma perícia dentro desse período.
A fiscalização deve começar com aqueles beneficiários que recebem auxílio-doença e também de aposentadoria por invalidez. O objetivo é identificar possíveis fraudes em auxílios de pessoas que estão afastadas do trabalho, mas que já deveriam ter retornado.
Para agilizar a realização do pente-fino, cada perito que aderir à força-tarefa receberá R$ 60 por atendimento feito. Ele poderá fazer até quatro perícias em dias úteis e 20 nos feriados e fins de semana. O limite foi colocado para evitar que o profissional, atraído pelo incentivo financeiro, negligencie o atendimento de rotina.
Os primeiros 75 mil convocados são beneficiários de auxílio-doença que têm até 39 anos de idade e mais de dois anos de benefício sem passar por exame pericial.
De acordo com o governo, existem hoje 840 mil beneficiários de auxílios-doença e 3 milhões de aposentadoria por invalidez recebendo há mais de 2 anos. Por ano, o auxílio-doença gera uma despesa de R$ 1 bilhão. Já as aposentadorias por invalidez exigem gastos mensais de R$ 3,6 bilhões.
Dados do instituto mostram que, apenas em maio, foram pagos em todo país mais de R$ 1 milhão de auxílio por incapacidade. Ao todo, o INSS teria pago um valor de R$ 2,2 bilhão por auxílio doença previdenciário e acidentário.