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Laudo não aponta vestígios de chumbo em acusado do atirar em policial durante abordagem

A morte do policial militar, Alexandro Aparecido dos Santos, durante uma abordagem ocorrida no dia 15 de agosto, tem novo capítulo. De acordo com o laudo do Departamento da Polícia Técnico-Científica da Polícia Civil do Acre, o principal acusado de ter efetuado o disparo que provocou a morte do militar, Kennedy Silva Magalhães, 23, não detectou a presença de partículas de chumbo.

O exame pericial foi realizado no dia seguinte ao crime, 16 de agosto. O laudo 1672/2016 foi assinado pelo perito criminal Airton Ferreira de Castela.

O resultado pode ajudar na defesa do jovem, que trabalha com a hipótese que o disparo não tenha sido efetuado por ele e sim pelo policial.  Acusado de ser coautor do suposto crime, Jonathan Clarc dos Santos ganhou liberdade e o pedido de arquivamento dos autos contra sua pessoa.

Já Alexandro Magalhães, vai passar por uma audiência de instrução e, em seguida, deve ser submetido ao júri. Ainda não há data para a primeira audiência.

Apesar do resultado, o Ministério Público Estadual acatou a denúncia e o caso segue para Júri Popular. Para o promotor de justiça criminal do MP-AC, Efrain Mendonza, o laudo não confirma, nem nega as acusações contra Magalhães.

“Nem sempre que a arma é disparada ela deixa sujeira de pólvora na mão, principalmente quando o caso se trata de uma pistola. Então, esse laudo não quer dizer nada. Nem tira a acusação, nem confirma. O laudo serve como ponto de discussão, mas existe essa observação”, informa.

Relembre o caso

Um dos homens que foi abordado reagiu à ação, iniciou uma luta com policiais, conseguiu pegar uma das armas a acabou dando um tiro que vitimou o PM. A polícia informou que dois dos envolvidos foram presos no momento da ocorrência, incluindo o que efetuou o disparo. O terceiro homem conseguiu fugir do local.

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A Gazeta do Acre: