O convite do governador Tião Viana ao Exército para auxiliar no combate às facções criminosas é providencial e necessário para trazer sossego à população que já há algum tempo vem sendo afrontada e amedrontada por essa bandidagem.
Como explicaram ontem o governador e o comandante do 4º BIS, cel Medeiros Júnior, trata-se de uma medida prevista na Constituição e que virá reforçar o bom trabalho que já vinha sendo feito pelas Polícias Civil, Militar e Polícia Rodoviária Federal.
Contudo, isso não basta. É preciso que a classe política, a bancada federal, alerte e pressione o Governo Federal para liberar aos órgãos de segurança pública os R$ 2 bilhões que estão contingenciados a fim de enfrentar o narcotráfico nas fronteiras dos estados amazônicos com os países vizinhos tidos como os maiores produtores e exportadores de drogas. O Governo continua de costas para a Amazônia.
Como se viu, essas facções fortemente municiadas com armas que nem as polícias dispõem. Além disso, é preciso que a Polícia Federal também seja devidamente equipada com recursos técnicos e humanos para entrar nesse combate. Ainda na semana passada, cerca de 350 agentes e delegados foram mobiliados para realizar a condução coercitiva de um acusado, enquanto aqui no Estado mal dispõe de recursos para os serviços burocráticos.