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Não é um “coitadinho”

Se o Ministério Público entrou recurso contra sentença da juíza de Execuções Penais, Luana Campos, que concedeu o benefício da prisão domiciliar ao ex-deputado e cel. Hildebrando Pascoal é porque tem pleno conhecimento dos inúmeros crimes hediondos que ele e seu bando praticaram e, sobretudo, quer ter a certeza de que ele estaria apto a voltar para a sociedade.

Quem acompanhou de perto essa história sofrida, dolorosa que o Acre passou com os crimes cometidos por este sujeito e o chamado “esquadrão da morte” e conhece a fundo sua personalidade não se deixa comover, só porque atualmente ele se encontra doente, num  leito de hospital ou numa cadeira de rodas, como se fora um “coitadinho”.

Como se recorda, ainda há dois anos, mesmo dentro do presídio, ele deu entrevistas e redigiu uma carta com ameaças explícitas contra autoridades do Estado e do Poder Judiciário, que lhe valeram mais um processo judicial.

Pode até ser que de lá para cá tenha mudado de opinião, mas não se pode ser ingênuo em achar que ele estaria arrependido do que praticou e que estaria, plenamente, apto, a se reintegrar à sociedade. Que se lhe a devida assistência medico-hospitalar a que tem direito, mas que se cumpra o rigor da lei.

A Gazeta do Acre: