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Seria trágico, imperdoável

Quando se diz que o aumento da criminalidade no Estado deve-se em grande parte à atuação das facções criminosas que vieram de outros grandes centros não se está inventando nada ou procurando desculpas.

Como este jornal divulgou ontem, a própria imprensa do Sul do país destacou que as duas maiores organizações criminosas – o Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo, e o Comando Vermelho (CV), do Rio de Janeiro – estão “travando uma guerra” pelo domínio do tráfico nas fronteiras.

E o resultado dessa disputa foram as chacinas que ocorreram em Boa Vista (RR), em Porto Velho (RO) e agora aqui em Rio Branco. E a explicação é sempre: a proximidade com os dois países maiores produtores e exportadores de droga – a Bolívia e o Peru.

Por isso, a necessidade urgente de alertar e cobrar do Governo Federal os recursos necessários para dotar os órgãos de segurança pública para enfrentar esses grupos criminosos, antes que esses estados se transformem em verdadeiros “carteis” do narcotráfico, que se tornaram celebres nesses países.

Na verdade, não é só o atual Governo central. Praticamente, todos sempre deram as costas e foram omissos na liberação dos recursos necessários para que a Amazônia desenvolva as potencialidades do seu imenso cabedal de recursos naturais, sem drogas, sem violência. Seria trágico, imperdoável.

A Gazeta do Acre: