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Adoção: Eduardo recebe uma família abençoada

* O processo de adoção pleno está previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente e casal registra detalhes de sua experiência em blog.

O casal Lourdes Ramos e Emizael Alves registrou virtualmente a história de seu filho Eduardo Augusto, como testemunho de fé do cumprimento de uma promessa de Deus para esta família. Uma experiência bem sucedida de adoção, realizada com o apoio do Juízo da Vara da Infância e Juventude de Rio Branco.

O blog Adoção Gesto de Amor (inserir link: adocaogestodeamor.blogspot.com) divulga todas as emoções da expectativa pelo novo membro da família, que é formada por mais dois filhos biológicos: a Camila que é enfermeira e Danillo, comerciário.

A autora é a mãe, que conta que a adoção era um dos seus sonhos. “Eu deveria me sentir realizada, pois sempre sonhei em casar, ter um casal de filhos e eu tinha tudo isso. Mas, no meu interior faltava algo. Foi quando resolvi conversar com meu esposo sobre um sonho antigo, o desejo muito grande de adotar um bebê. Conversamos, ele aceitou minha ideia e então conversamos com nossos filhos, que também ficaram super felizes, aí levamos a família nossa decisão”, compartilha.

Ao comemorar as bodas de prata, Lourdes afirma que os ânimos foram fortalecidos. “Nós dizíamos, vamos nos casar de novo e teremos um novo bebê. Ansiosos, falávamos em tom de brincadeira: quando se casa logo se tem um bebê”. Então depois do evento familiar, iniciou-se a confecção do enxoval.

A espera teve seu fim no dia 17 de maio de 2014. “O dia após uma enorme tempestade estava sendo um dos mais felizes das nossas vidas. Eduardo Augusto chegou com 25 dias, saudável e esperto, exatamente como Deus havia mostrado. Lindo!”, afirmou em uma atualização do blog.

O pai também tenta explicar o momento de gratidão que viviam: “Deus nos deu um novo motivo para sorrir. Nossa alegria, nosso motivo de acordar todo dia cedo e agradecê-Lo por mais um dia de vida”.

Então, o diário virtual seguiu com muitos registros fotográficos da concretização dos laços estabelecidos, como a montagem do “quarto do príncipe”, que teve o tema safari. Outros retratos, com a famosa foto “tal pai, tal filho”, onde ambos combinam suas roupas e a primeira festa de aniversário. Assim, é nítido o crescimento do amor neste lar.

Como testemunhou a mãe em seu blog. “E, tudo o que pedirdes em oração, crendo, o recebereis”, Mateus 21:22.

Adoção, um gesto de amor

Os pais do Eduardo pertenciam ao Cadastro Nacional de Adoção, uma ferramenta virtual que tem ajudado milhares de crianças a encontrarem uma nova família.  De acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), existem quase seis mil crianças e cerca de 33 mil pretendentes cadastrados atualmente. O processo no Brasil leva, em média, um ano.

De acordo com a cartilha Mude um Destino, da Associação de Magistrados Brasileiros, a palavra adotar vem do latim adoptare, que significa escolher, perfilhar, dar o seu nome a, optar, ajuntar, escolher, desejar. Do ponto de vista jurídico, a adoção é um procedimento legal que consiste em transferir todos os direitos e deveres de pais biológicos para uma família substituta, conferindo para crianças/adolescentes todos os direitos e deveres de filho.

O juiz de Direito Romário Faria, titular da Vara de Infância e Juventude de Rio Branco, esclarece que este processo é regulamentado pelo Código Civil e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que determina que a adoção deve priorizar as reais necessidades, interesses e direitos da criança/adolescente.

O procedimento envolve a manifestação de vontade, por isso é tida como uma modalidade artificial de filiação, conhecida como filiação civil, pois não resulta de uma reação biológica, mas repousa na pressuposição de uma realidade afetiva.

Conheça as orientações do CNJ para adoção: www.cnj.jus.br/programas-e-acoes/cadastro-nacional-de-adocao-cna/passo-a-passo-da-adocao .

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