O conflito envolvendo facções criminosas na Unidade Prisional 4, mais conhecida como ‘Papudinha’, ocorrido no final da tarde da última terça-feira, 18, foi o principal tema de debate na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), na manhã de ontem. Os deputados, ao lamentarem o ocorrido, cobraram medidas enérgicas por parte da Secretaria de Segurança do Estado.
Ao tratar sobre o assunto, a deputada Eliane Sinhasique (PMDB) disse que o momento é delicado e requer a devida atenção do Estado para que cidadãos inocentes não sejam prejudicados com os atos de vandalismo corridos na cidade.
“Situação delicada e que merece um olhar cuidadoso por parte do Governo do Acre. Por enquanto, a agressão está ocorrendo entre os membros dessas duas facções criminosas, mas nada impede que qualquer cidadão comum possa ser atingido. Em algum momento pode sobrar bala para um cidadão de bem. Isso é perigoso. Que nossas autoridades tenham consciência de que a situação é realmente séria”, frisou.
O deputado Antonio Pedro (DEM) destacou que o momento é de agir no sentido de coibir ações dessa natureza e não de procurar culpados. “Achar um culpado não vai minimizar ou solucionar o problema. A onda de violência está aí batendo na porta do cidadão e causando ainda mais medo a população. A responsabilidade de garantir a segurança do povo é do Estado, portanto, que se faça o dever de casa”, disse.
O líder do governo, deputado Daniel Zen (PT), por sua vez, parabenizou a agilidade da equipe de Segurança Pública em lidar com a situação.
“A equipe Secretaria de Segurança Pública está de parabéns pela forma como conduziu os conflitos entre as facções na última terça-feira. O Acre sofre os reflexos de uma guerra nacional de facções entre o Comando Vermelho e o PCC, mas o Governador Tião Viana, bem como o secretário Emylson tem sido enérgicos no combate e controle da criminalidade do nosso Estado”.
Durante entrevista coletiva, o secretário de Segurança reforçou que a situação vivida na terça-feira não é exclusiva do Acre. “Isso é algo que vem acorrendo em todos os estados brasileiros, e que a polícia vai continuar fortalecendo seus efetivos para seguir firma no combate à criminalidade, com ações intensas. Inclusive, mais presidiários ‘cabeças’ de facções devem ser transportados do Estado e lideranças isoladas”.
