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Greve dos bancários completa 30 dias e categoria rejeita proposta apresentada no último dia 28

Greve dos bancários completa 30 dias e categoria rejeita proposta apresentada no último dia 28

 A greve dos bancários completa 30 dias nesta quarta-feira, 5. O movimento nacional já é considerado um dos maiores já deflagrados. No Acre, mais de 45 agências, de bancos públicos e privados, estão fechadas. O número representa 80% do total.

A Federação Brasileira de Bancos (Fenaban) propôs na última quarta-feira, 28, a oferta de abono para R$ 3,5 mil, com mais 7% de reajuste, extensivo aos benefícios. Além de que a convenção coletiva dure dois anos, com garantia, para 2017, de reajuste pela inflação acumulada e mais 0,5% de aumento real.

A proposta, no entanto, foi recusada, em assembleia realizada nesta segunda-feira, 3. A votação contou com pouco mais de 50 bancários e todos votaram pela rejeição da proposta e pela manutenção da greve.

“A culpa é dos bancos que, mesmo com lucros bilionários – quase R$ 30 bi no primeiro semestre –, emperram a negociação com proposta de reajuste para salários, pisos, vales e auxílios que não cobre nem a inflação”, explicou o presidente do Sindicato dos Bancários do Acre, Edmar Batistela.

Segundo ele, cerca de 600 bancários estão de braços cruzados por conta da paralisação, o que representa mais de 50% da categoria, que chega a quase 1,1 mil profissionais. Durante a greve, apenas 10, das 57 agências, estão funcionando no estado.

A categoria já havia rejeitado a primeira proposta da Fenaban – de reajuste de 6,5% sobre os salários, a PLR e os auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil. A proposta seguinte, também rejeitada, foi de reajuste de 7% no salário, PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, além de abono de R$ 3,3 mil.

Segundo a Fenabam, a proposta “garante aumento real para os rendimentos da grande maioria dos bancários e é apresentada como uma fórmula de transição, de um período de inflação alta para patamares bem mais baixos”.

A proposta, no entanto, foi recusada. A categoria já havia rejeitado a primeira proposta da Fenaban – de reajuste de 6,5% sobre os salários, a PLR e os auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil. A proposta seguinte, também rejeitada, foi de reajuste de 7% no salário, PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, além de abono de R$ 3,3 mil.

Segundo a Contraf-CUT, a greve mais longa da categoria na história foi em 1951 e durou 69 dias. Nos últimos anos, a mais longa foi a de 2004, com 30 dias.

Reivindicações

Os bancários reivindicam reajuste salarial de 14,78%, o que significa 5% de aumento real acima da inflação, além de participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários, mais R$ 8.317,90 fixos para todos.

A categoria quer também piso salarial de R$ 3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último). Outra importante reivindicação diz respeito aos vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$ 880,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

Além disso, os trabalhadores do ramo financeiro ainda querem melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral. Garantia do emprego, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas fecha.

 

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