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Relembre o plano de governo de cada candidato a prefeitura de Rio Branco

O dia da votação chegou. Hoje, dois de outubro, os eleitores irão às urnas para escolher o novo representante para comandar o Executivo municipal. Nas eleições de 2016, quatro candidatos se apresentaram para assumir a prefeitura de Rio Branco: O prefeito Marcus Alexandre (PT), a deputada Eliane Sinhasique (PMDB). O vereador Raimundo Vaz (PR) e o candidato Carlos Gomes (Rede).

Ao longo de todo o período eleitoral, os quatros candidatos estiveram conversando com os eleitores e debatendo com a sociedade suas propostas para o desenvolvimento de Rio Branco. Entre os principais pontos citados pelos prefeituráveis está a mobilidade urbana, Segurança Pública, Saúde, Educação, Esporte, geração de emprego e renda, dentre outros.

O jornal A Gazeta, no último mês, conversou com os cada candidato. Explanou acerca do que os motivou a candidatar-se, principais propostas para melhorar Rio Branco, como governar em um período de crise política e econômica, enfim, uma série de assuntos para levar o máximo de informações aos eleitores e, dessa forma, auxiliar na escolha de seus candidatos.

Aos que ainda estão indecisos em quem votar, segue abaixo uma retrospectiva das propostas de cada candidato.


Marcus Alexandre –
O prefeito Marcus Alexandre (PT), candidato à reeleição, colocou oficialmente sua campanha na rua no dia 16 de agosto. Desde então tem conversados com os eleitores e apresentado suas propostas para os próximos quatro anos.

Ao longo de todo o período eleitoral, o petista destacou que sua campanha teria o mesmo tom da anterior, com humildade e pé no chão. “Realizamos mais essa jornada, com humildade, pé no chão. Foi um período em que pudemos mostrar as pessoas onde a gente avançou e prestando contas de nosso trabalho. Claro que temos muito ainda em que avançar. Se a população entender que devo continuar a frente da prefeitura de Rio Branco, continuarei trabalhando para ver nossa cidade crescendo”.

O plano de governo do atual prefeito, apresentado a sociedade no dia em que registrou sua campanha junto ao TRE/AC, foi elaborado com a participação de cerca de cinco mil pessoas, através de oito seminários temáticos e 62 oficinas, bem como a participação dos partidos que compõem a coligação da Frente Popular.

Os principais pontos do projeto dizem respeito à Infraestrutura e Mobilidade Urbana, com ações nas áreas de Transporte Público, Vias Urbanas, Trânsito, Acessibilidade, Urbanização de Bairros e Obras Públicas; Gestão Transparente e Participativa, com ações nas áreas de Diálogo e Participação Social, Transparência e Controle, Gestão Pública e Políticas para o Servidor. Cidade Sustentável, com ações nas áreas de Gestão Urbana, Regularização Fundiária, Prevenção e Controle de Enchentes, Meio Ambiente e, Conservação e Limpeza Urbana; entre outros pontos.


Eliane Sinhasique –
Aderindo a cor azul e rosa, a peemedebista iniciou sua campanha na tradicional esquina da Alegria, no centro da capital, também no dia 16 de agosto. Na ocasião, ela percorreu o centro comercial da Praça da Bandeira e o Calçadão até o pé de Apuí em frente o Terminal Urbano, onde mensalmente coloca o seu Gabinete na Rua.

Durante toda a campanha, Sinhasique mostrou-se confiante. “O povo deseja mudança. Percebemos isso quando conversamos com a população. A torcida é que no dia dois de outubro possamos comemorar uma nova história para Rio Branco”, disse.

Quanto ao plano de governo, Sinhasique pontua que foi “construído coletivamente, buscando contemplar as necessidades de todas as camadas da população e segmentos sociais do município”.

O Plano foi estruturado em Eixos Programáticos, com ações transversais, buscando desmembrar e apresentar ações específicas por regional. Cada Eixo Programático foi desmembrado em Programas e/ou Ações que foram resumidamente detalhadas acerca do que será feito, como será feito (estratégia de ação) e alguns diferenciais operacionais.

O texto destaca que o projeto não se trata de um plano fechado, portanto, está sujeito a constante revisão, no sentido de inserir componentes que, efetivamente, permitam que a gestão de Sinhasique possa atender as reais necessidades da capital acreana.

A elaboração do plano de governo foi feita através de reuniões setoriais com diversos segmentos sociais, federações, sindicatos, associações, cooperativas e demais representações de classe, bem como Audiências Públicas realizadas nas 10 Regionais de Rio Branco. Foram ouvidos mais de 1.400 moradores de 70 bairros de Rio Branco.

Raimundo Vaz – Com 35 anos na política, o candidato da coligação Rio Branco Quer Mais destaca que está preparado para assumir o comando da capital. Segundo o prefeiturável, os seus últimos anos foram dedicados para estudar os principais problemas de Rio Branco.

“Sempre busquei o melhor para meu povo com muita ética e na esperança de galgar dias melhores. Esse anseio por ver a população com uma qualidade de vida apropriada é que me fez entrar nessa disputa. Esperei muito tempo por esta oportunidade, mas, Deus abençoa no momento certo. Dia dois de outubro é o dia da mudança”.

O lançamento de sua candidatura aconteceu no dia 19 de agosto. Nesse período, o candidato esteve presente nos bairros da capital apresentando suas propostas aos eleitores. “A conversa com a população é de extrema importância, pois, somente assim poderemos apresentar de forma clara ao povo”.

Quanto ao seu plano de governo, Vaz salienta que foi elaborado a partir de encontros nos bairros, conselhos profissionais, entidades de trabalhadores e de empresários, faculdades, escolas, redes sociais, nos debates, rádios e TVs.

Entre as propostas apresentadas pelo candidato tem-se como destaque ações de melhoria da mobilidade urbana, da segurança e dos serviços de saúde e de educação da população. Para Vaz, seu plano de governo tem o condão de “garantir a melhoria do padrão de vida da população, a qualidade ambiental e a redução da pobreza”.

Calos Gomes – O jovem candidato da Rede Sustentabilidade assevera que o momento é de apresentar caras novas para a sociedade. “Vivemos um momento político delicado no qual surge a necessidade de que novas caras surjam e apresentem uma proposta sobre a cidade que a gente vive e a cidade que a gente quer. Discutindo aquilo que é competência do município, os problemas da população, mas, sobretudo apresentando proposta para essa nossa realidade”.

Segundo Gomes, o atual modelo político está falido. “E nossa candidatura nasce em razão disso. De uma crise de representação e de uma necessidade de se atualizar, renovar e mudar a forma de fazer política e ter outra representação política que possa dialogar com mentes e corações que tenham a capacidade de sonhar”.

O candidato da Rede salienta que sua candidatura segue em sentindo contrário das demais. Ela afirma que seu foco principal é debater o desenvolvimento da capital e não participar de um embate para manutenção no poder.

“Minha candidatura é uma alternativa para a população. O modelo que está aí está falido. O fato é que as gestões anteriores, e isso não é uma característica apenas da Frente Popular, haja vista que o PMDB também já esteve nessa posição, não conseguiu promover as mudanças necessárias para que possam alavancar nossa economia e ter outra fonte de renda que pudesse também fortalecer a cidade que não seja a administração pública, no sentido de cargos comissionados ou servidos de carreira.

Quanto ao seu plano de governo, Gomes destaca que a pauta principal é crescimento da capital. “Temos alguns gargalos que precisam ser solucionados com urgência. Mobilidade urbana, por exemplo. Dentro desse assunto, temos a discussão do transporte público, que uma das competências que o município tem governabilidade, mas também precisamos ter nas nossas ciclovias, árvores. Não tem como ter ciclovia se não existem árvores. É necessário devido o nosso clima. Estamos propondo a criação de um comitê de mobilidade urbana para pensar melhor sobre as soluções mais viáveis para essa questão. Percebo a necessidade renovação, modernização, reorganização. Precisamos de uma infraestrutura mais eficaz. O recurso público tem sido aplicado de forma errada. Precisamos ter uma cidade planejada, organizada”, disse.

A Gazeta do Acre: