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*Muita comoção e perplexidade, no velório do sargento Paulo Andrade, assassinado na noite da última quinta-feira, no Comando Geral da PM.

*Um crime que chocou a população e a corporação, de modo particular, pela forma como ocorreu:

*Dentro do quartel, de forma covarde e por motivo tão fútil…

*E o mais imponderável:

*Praticado por um colega de trabalho da vítima, um subtenente da Polícia Militar do Acre (!).

*Outros fatos insólitos do caso:

*O subtenente José Adelmo Alves dos Santos, o assassino, trabalhou 30 anos na polícia e, há quatro, estava na reserva.

*Foi convocado para voltar à função há quatro meses, após a última onda de ataques das facções criminosas.

*Já o sargento Paulo sonhava com a aposentadoria, daqui cinco anos, e estava se preparando para sair de férias na próxima segunda-feira…

*(Pausa para um suspiro).

*Aonde vamos parar com tanta estupidez humana?

*Embora nada justifique o ato do criminoso e de nada adiante, agora, arranjar “bodes expiatórios” para explicar a situação…

*Vale registrar que o subtenente era usuário de drogas, estava em processo de recuperação e sob a supervisão da administração do quartel.

*Segundo a família da vítima, José Adelmo tinha um histórico de violência e, inclusive, já teria atirado contra outro policial há alguns anos.

*Visivelmente abalado, o comandante da PM do Acre, coronel Júlio César, disse que não tinha conhecimento desta informação.

*Mas, não se eximiu da responsabilidade:

* “Estamos aqui para ver o erro e consertar o que for necessário”.

*E continuou:

* “Ele estava consciente e vai pagar por isso”.

*Diante de tamanha tragédia, é o mínimo que a família e toda sociedade esperam.

*Ainda sobre ocorrências policiais…

*O telefone toca.

*É o assessor da Polícia Civil Sandro de Brito para dar uma resposta sobre a onda de assaltos à Escola Pedro Martinello.

*O assunto foi destaque no editorial de ontem deste matutino.

*Em nome do secretário de Polícia Civil, Carlos Flávio, o assessor informa que o responsável pelo último assalto à escola foi preso um dia após o ocorrido.

*Ele era ex-funcionário do local e, além dos bens e produtos furtados, escondia, em casa, 22 papelotes de cocaína, entre outras drogas.

*Bom trabalho, secretário.

*Como tem que ser.

*Mas, acima de tudo, que o policiamento do espaço, alvo constante da ação da bandidagem, seja reforçado com urgência.

*Os funcionários, os estudantes e o saudoso professor Pedro Martinello (que Deus o tenha) não merecem tanta desonra a uma instituição com propósitos tão belos.

*Vamos em frente.

A Gazeta do Acre: