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Sobre obras e políticos caroneiros

É do conhecimento de todos que o sonho da integração rodoviária no Acre só foi possível graças à luta política de quatro personagens fundamentais: Tião Viana, Jorge Viana e os presidentes Lula e Dilma Rousseff. Um sonho que começou em 2011, quando pela primeira vez na história do Acre, os vales acreanos estiveram finalmente integrados a Rio Branco e o restante do país, de inverno a verão, com a abertura permanente da BR-364.

A luta e esforços do governo foram intensos, antes e, mesmo depois, da abertura contínua da rodovia. Em 2013, último ano em que a BR-364 ficou sob a responsabilidade do governo do Estado, Tião Viana vistoriou as obras, pelo menos 100 vezes, percorrendo a rodovia de Rio Branco a Cruzeiro do Sul e vice-versa.
O que o senador Gladson Cameli está fazendo hoje, junto com representantes do governo golpista de Temer, para mudar o curso da história, é digno de um Oportunismo inaceitável, que não ofende só a política local, mas quem de fato lutou pela BR-364 e pelos interesses da população. Aquilo que já foi determinado e feito por quem é comprometido com a política acreana, não pode, de uma hora para outra, ganhar “novos” autores.

A BR-364, assim como as obras da Ponte sobre o Rio Madeira e o anel viário de Brasileia – as quais vamos falar a seguir – NUNCA foram de autoria de Gladson Cameli ou qualquer outro político vinculado à atual gestão do governo federal. Trata-se de uma obra do conjunto da nossa bancada, dos nossos parlamentares e do governador Tião Viana.

Para novas intervenções na rodovia, Tião Viana foi diversas vezes à Brasília no primeiro semestre deste ano, até conseguir, em abril, junto a presidenta Dilma Rousseff, a liberação de R$ 230 milhões para a recuperação da BR-364 – valor que, posteriormente, foi contingenciado pelo governo Michel Temer.
Com o bloqueio do recurso, Tião Viana foi em busca de novas saídas e conseguiu assegurar o montante de R$ 20 milhões, advindos de um recurso de uma emenda de bancada, contido no PLN nº. 13, o qual seria destinado para as obras do anel viário de Brasiléia. O governador abriu mão desta verba para priorizar a BR-364, que tanto se faz necessária à população.

É importante que todos saibam que, já no ano passado, Tião Viana garantiu também R$ 78 milhões, junto à presidenta Dilma, para que houvesse as obras emergenciais de recuperação da rodovia, nos trechos entre Sena Madureira e Cruzeiro do Sul, iniciativa que impediu qualquer possibilidade de fechamento da rodovia.

Hoje nós torcemos muito, para que a demora da liberação desses recursos, por parte do governo federal, não inviabilize o tráfego na BR-364. A gente torce ainda, para que está questão seja tratada com a mesma seriedade que foi tratada ao longo dos últimos cinco anos. Porque desde que o governo do Estado entregou as obras para o Dnit, a gente sabe as dificuldades enfrentadas a partir desse momento.

Quanto ao anel viário de Brasileia, que também está sendo declamado como algo de iniciativa de apenas um parlamentar, cabe trabalharmos com a verdade: trata-se de emenda parlamentar, e o projeto dessa obra foi executado pelo governo, por meio do Deracre, onde o governador Tião Viana gentilmente cedeu ao Dnit para que a obra fosse executada.

A Ponte do Rio Madeira e superintendência do Dnit no AC

Pode-se dizer que político nenhum do Acre possui hoje essa influência toda para interferir no território de Rondônia, mas a ponte sobre o Rio Madeira é uma obra que foi determinada e iniciada com recursos assegurados no governo da presidenta Dilma Rousseff. Não foi inciativa de políticos golpistas ou de presidente golpista. É uma obra que não tem como parar porque teve inicio e recursos assegurados.

O esforço foi conjunto, com membros da nossa bancada de deputados, dos nossos parlamentares, do governador Tião Viana e do senador Jorge Viana.
Por fim, a Superintendência do Dnit no estado, também é algo que já havia sido assegurado lá atrás, no Ministério do Planejamento pelo governador Tião Viana. Basta pesquisar nos sites, jornais e internet, onde está contida a verdade.

E a verdade é que temos que ter muita responsabilidade no ato de compartilhar aquilo que foi feito, para darmos o crédito devido a quem realmente conseguiu recursos, a quem teve iniciativa de buscá-los e a quem lutou e trabalhou por eles. Tem gente que não trabalha, mas tem muita disposição para ficar copiando os projetos dos outros, pegando carona no que já foi feito e tentando enganar a população.

Ana Paula Pojo é jornalista.

A Gazeta do Acre: