“Levaram todas as panelas, nem abri hoje porque levaram toda a louça”, esse foi o desabafo da microempresária Maria de Fátima, 44 anos, que teve o restaurante invadido na madrugada de segunda-feira, 31, no bairro Triângulo, em Rio Branco. Além das panelas foram levados alimentos, botijas de gás e outros equipamentos. Horas após o furto, Maria disse que encontrou um homem vendendo parte do material dela.
“Seguramos o rapaz que estava vendendo as coisas, ele disse quem tinha roubado, mas a polícia não quis ir atrás. Disseram que não podiam fazer nada porque não tinha flagrante. E que o flagrante seria de 10 a 15 minutos após o roubo. Andei o dia todo atrás disso, procurei onde estavam vendendo [os itens levados] e simplesmente o policial disse isso”, desabafou.
Um boletim de ocorrência foi registrado na Delegacia da 2ª Regional da Polícia Civil. Atuando na região há sete meses, Maria detalhou a ação dos invasores. “Eles entraram pelo teto do restaurante. Não possuo câmeras de segurança ou alarmes”.
A microempresária revela que tinha esperança de recuperar alguns objetos, mas ficou revoltada com o posicionamento da polícia.”Liguei para o 190 na hora para virem pegar o rapaz e foi o que falaram, que não podiam fazer nada. Não era trabalho da Polícia Militar, sim da Polícia Civil que tinha que fazer isso. Fiquei revoltada”, comentou.
O comandante do 2º Batalhão da Polícia Militar do Acre, tenente-coronel Ezequiel Bino, disse que a conduta dos policiais no caso seria apurado. “O flagrante é no ato do crime ou logo após. Esse logo após a lei não estabelece um tempo. A jurisprudência fala que aconteceu o fato, de imediato começam as diligências para capturar o autor do crime”, adiantou o militar.