Pescaria, bingo, comidas típicas, quadrilha junina e muita diversão. O arraial fora de época do Movimento de Apoio a Crianças com Câncer (MACC), visa arrecadar fundos para crianças atendidas pelo Hospital do Câncer do Acre. O evento acontece no dia 10 de dezembro, a partir das 17h, na quadra do Ceja, localizada ao lado da antiga Fumbesa.
Idealizado pelo estudante Lucas de Oliveira Bezerra, de 21 anos, o MACC surgiu após o jovem sofrer um grave acidente de trânsito e viver de perto o dia-a-dia dentro dos hospitais. Durante um ano o jovem passou por 12 procedimentos cirúrgicos, diversas internações, até recomeçar sua vida novamente.
“Nesse tempo eu consegui observar que pra mim o melhor horário do dia era a visita. Naquele momento eu saia do momento depressivo, quando via meus amigos, minha família. Deus me salvou naquele acidente e esse ano eu decidi fazer um trabalho voluntário e ajudar muitas pessoas”, contou.
Após conhecer as crianças que realizam tratamento no Hospital do Câncer do Acre, Lucas se comoveu com a situação de várias famílias e decidiu iniciar um trabalho voluntário. Atualmente o hospital atende 110 crianças com câncer.
Hoje, o jovem conta com a ajuda de quase 300 voluntários. Todos empenhados em levar alegria e melhorar a qualidade de vida das crianças e seus familiares. Os voluntários realizam diversas ações para arrecadar dinheiro, como rifas, campeonatos de futsal, bingos, arrecadação em semáforos da capital, entre outros. Na primeira etapa do projeto, os jovens conseguiram R$ 13 mil.
Semanalmente, os voluntários fantasiados de super-heróis visitam as crianças e acompanham de perto o direcionamento das doações feitas pelo projeto. Mas, o estudante não pretende parar por aí. A ideia é transformar o projeto em uma entidade sem fins lucrativos futuramente.
“Além de fazer as visitas, levamos lanche, fazemos brincadeiras. A diretora do hospital me mostrou uma estatística que a maioria dessas crianças são abandonadas pelos pais quando descobrem a doença. Muitas vezes eles vêm sem nada para a capital, nós temos a casa de Apoio que ajuda como pode, mas sempre falta alimento, fralda.”