Segundo pesquisada realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Rio Branco está entre as capitais com maior alta no valor da cesta básica entre janeiro e outubro deste ano. No total, a capital acreana teve 21,99% de aumento.
Os produtos que mais acumularam alta foram: feijão carioquinha (103,38%), banana (32,34%), leite integral (31,24%), manteiga (30,41%), açúcar (21,07%), café em pó (13,12%), arroz agulhinha (10,05%), pão francês (7,07%), farinha de trigo (6,68%) e óleo de soja (6,62%). Já o tomate (-3,96%), a carne bovina de primeira (-2,45%) e a batata (-1,44%) tiveram variações acumuladas negativas.
O valor da cesta básica em outubro na capital acreana foi de R$ 379,34. A carne foi o produto que mais apresentou aumento com 4,05%, seguido do pão francês que variou em alta de 3,51%. Apenas o feijão carioquinha teve redução (1,04%).
Ainda segundo a pesquisa, além de Rio Branco, foram observadas elevações expressivas no conjunto de alimentos em Maceió (24,25%), Aracaju (23,69%) e Fortaleza (21,21%). Os menores aumentos ocorreram em Brasília (9,58%), Curitiba (10,52%) e Macapá (10,99%).
O Dieese estima que o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas em outubro deveria ser de R$ 4.016,27. Em setembro, o valor necessário correspondeu a R$ 4.013,08.
Quem vem sentindo no bolso o efeito do acúmulo de aumentos é a população. A dona de casa, Jucilene Lopes, de 43 anos, diz que tem substituído a carne bovina pela suína para economizar. “A carne e o leite estão cada dia mais caros. Tento substituir alguns produtos e economizar em outros, até os preços melhorarem”, disse.