O Sindicato dos Policias Civis do Acre (Sinprol-Acre) promoveu mais uma paralisação de 24 horas das atividades nesta sexta-feira, 25, em Rio Branco e em Cruzeiro do Sul. Esse é um ato de repúdio contra a PEC 55, que estabelece um limite para os gastos públicos. É importante ressaltar que para não prejudicar a população, 30% do efetivo foi mantido no atendimento de todas as áreas.
A intenção é pressionar os parlamentares estaduais e federais para a não aprovação desse projeto. A categoria alega que, caso a emenda seja aprovada, os servidores devem ter seus direitos perdidos. Essa não é a primeira paralisação da categoria em todo o estado. Ao menos seis paralisações já ocorreram em cerca de cinco meses.
O presidente do Sinprol/Acre, Itamir Lima, disse que o ato é para pressionar o governo sobre as emendas constitucionais que devem prejudicar os servidores.
“Temos que combater os pacotes de maldades que o governo federal tem nos apresentado, a maior ofensa é a PEC 55. São 20 anos de congelamentos, nós sabemos que o país não vai ficar 20 anos na crise, precisamos de emenda que corte privilégios e não direitos”, explicou.
O trabalho de conscientização da categoria tem sido gradativo e bem aceito pela população, aponta Itamir. “Entendemos que o Brasil precisa de uma reforma tributária e de um ajuste fiscal, mas não que retire direitos e sim combata privilégios, 20 anos não são 20 dias, esse pacote de maldades previsto pelo governo federal vai colocar o Brasil em uma verdadeira recessão social”, finalizou o presidente.
Segundo o presidente da Nova Central Sindical, Franklin Albuquerque, a paralisação desta sexta-feira é mais uma das ações que a categoria tem feito no intuito de alertar a população sobre os prejuízos embutidos na PEC.
“É importante a população saber que esse discurso de que o Brasil gasta mais do que arrecada é uma falácia, em Saúde, Educação e Segurança, o Brasil gastou apenas 10% do que arrecadou e o Governo quer atacar justamente essas pastas. Esta PEC vem destruir qualquer possibilidade de melhoria nos serviços básicos da população brasileira, é essa denúncia que nós fazemos”, explicou Albuquerque.