O governo do estado divulgou nesta segunda-feira, 5, o pagamento do 13º e do salário de dezembro aos servidores públicos. Isso representa um acréscimo de R$ 420 milhões na economia acreana. O 13º será pago no dia 23 e o salário de dezembro, dia 29.
O anúncio foi feito pelo governador Tião Viana, o secretário de Fazenda, Joaquim Mansour, e da vice-governadora Nazaré Araújo.
“Vamos honrar o pagamento. Quase alcançar o impossível. Possivelmente 23 Estados podem não pagar. Foi esforço enorme de equipe”, disse o governador.
O estado contabiliza, de acordo com Viana, um total de 38 mil servidores ativos e 11,2 mil inativos.
O governador lembrou que o Estado tem feito grandes esforços de austeridade fiscal para cumprir com o benefício de fim de ano, já que nos últimos 12 meses o Acre perdeu mais de R$ 300 milhões em repasses do Fundo de Participação dos Estados (FPE).
Sobre o repasse dos valores das multas da repatriação de recursos, ainda não há qualquer confirmação do governo federal em cumprir o acordo. Ao todo o Acre receberia R$ 147 milhões.
“Foram muitos momentos de dificuldade tentando honrar e sem o governo federal cumprir o acordo tratado por duas vezes sobre a devolução das multas”, comentou Tião.
Acre ficou em 4º lugar em crescimento do PIB
Mesmo diante do cenário econômico desfavorável, o estado comemora resultados expressivos em sua economia, mesmo com a situação de crise em que o país se encontra.
O Acre também se destacou como único estado da Região Norte – e um dos sete do país – que alcançou superávit primário nas contas de 2016, tendo mais receitas que despesas. O PIB do estado também se destacou, com um crescimento de 4,4% de sua economia em 2014, em relação a 2013, ficando com o 4º maior crescimento do país.
Medidas de Austeridade
No Acre, o governo adotou medidas de austeridade que incluiu o corte de 570 cargos em comissão (CEC) e de função comissionada. Em julho deste ano, o governador reduziu em 20% o próprio salário e de toda a equipe de secretários, diretores, presidentes, assessores políticos e CECs.
Só em 2015, 30% do quadro de servidores terceirizados também foi reduzido, além de 30% do número de veículos alugados. Vale ressaltar ainda que telefones celulares institucionais foram suspensos desde 2014. Além da redução de salários, já foi reduzido o número de aluguéis de imóveis pelo governo, gerando uma economia de R$ 3 milhões ao ano.